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Doce sonho (ou um lindo pesadelo)

Capítulo 3 - Possession

Kouga colocou a xícara de chá na mesa, terminando o almoço que Rei fizera. Fora meio difícil comer o que quer que fosse aquilo que ele batizara como Kare, mas fizera o esforço de não deixar nada. Se alguém poderia cozinhar pior que a Kaoru, esse alguém era o Rei. Ele observou os dois cavaleiros terminando de arrumar as coisas. Apesar de ter direito a um ajudante, Tsubasa devia ter liberado o mesmo para ter privacidade com eles em sua casa. Depois da noite passada e daquela manhã, do jeito que nenhum dos dois morenos era discreto e silencioso, Garo agradecia aos deuses estarem sozinhos e no meio do nada. Seria difícil explicar o motivo de tantos gritos e gemidos pedindo por mais.

Pensando nisso, ele deu uma risada baixa. Como ele imaginaria que um dia estaria naquela situação? Se alguém contasse para ele alguns anos atrás iria somente ganhar uma risada e ser chamado de louco. Desde que Rei entrara em sua vida, tudo mudara. Ele mudara, por completo. Agora estava ali, vendo a conversa absurda entre seus dois "namorados" sobre como eles iriam arrumar o terceiro.

            - Você não tem ninguém que cuida desses deveres domésticos para você, Tsubasa? - Kouga tentou mudar o rumo daquela conversa.

            - Não, eu não tenho ninguém. Faço tudo eu mesmo ou deixo que Rin cuide das coisas quando eu estou em missão ou caçando horrors. - Tsubasa respondeu para voltar logo ao assunto que tratava com Rei. - Leo ficará contente. Da última vez que o encontrei ele queria sair do acampamento de qualquer forma, mas o Senado havia dito que ele precisava esperar a volta do Kouga para isso. E quando isso aconteceu, você foi indicado para acompanhá-lo. - Tsubasa disse, terminando de arrumar as coisas.

            - Hei, não tenho culpa disso, Grace-sama não queria deixar nem que eu o acompanhasse. Acho que se pudesse, ela mesma caçaria horror com o Garo adorado dela. - Zero cruzou os braços, fazendo um bico.

Tsubasa respirou fundo, o cavaleiro quase quebrando uma das tigelas que estava guardando.

            - Tsubasa, acho meio complicado você ter crises de ciúmes sobre um cara que 99,99% do mundo quis, quer ou vai querer ter em sua cama. - Rei falou, rindo, vendo o outro ficar vermelho.

            - É mais forte do que eu, com… Kouga. - O mais jovem disse, hesitante.

            - Hei, que tal vocês se lembrarem de que estou aqui ouvindo tudo? - Garo disse, abismado com a conversa deles.

            - Shuuu. A conversa é entre os esposos, Kouga-kun. Você não opina aqui. - Rei sorriu com Tsubasa apenas concordando.

Kouga foi responder quando ouviu alguém chamar na porta e vendo uma das sacerdotisas do templo informar que havia um visitante para eles. Os três foram até a entrada do templo onde estava um monge makai conhecido.

            - Kouga-sama! - O monge levantou, indo em direção os cavaleiros - Rekka tinha razão que estaria aqui também.

            - Shiguto. Você veio acompanhar Rekka pelo visto no ritual de hoje? - Kouga disse, virando para os outros dois cavaleiros. - Se lembra do Rei e Tsubasa não é?

Shiguto fez uma reverência para os cavaleiros, voltando a atenção para Kouga, os olhos do monge até brilhando.

            - Eu nem preciso dizer que ele não faz parte dos 0,01% né? - Rei disse, olhando a cara de poucos amigos de Tsubasa.

            - Muito bom encontrá-lo bem, Kouga-sama. Ainda me lembro de quando nos conhecemos e enfrentamos Karma, o quanto fiquei preocupado com seus ferimentos. Vê-lo desmaiar pela dor foi terrível e assustador. - O monge ficou mais próximo do cavaleiro dourado.

            - Foi você que me carregou até a casa do monge Akaza, não é? - Garo perguntou, nem prestando atenção ao que acontecia ao redor, principalmente em Tsubasa.

Shiguto se aproximou, colocando uma das mãos no ombro de Kouga, não vendo quando Tsubasa se movera e ficara entre os dois.

            - Acredito que o que tenha de falar para Kouga não precisa ser feito com as mãos, monge. Nem de tanta proximidade para isso. - Dan disse por entre os dentes.

Shiguto até deu um passo para trás, sem entender direito o que tinha irritado o outro cavaleiro, pedindo desculpas e se afastando. Rei foi ate os dois, segurando e afastando o monge, levando ele para outra sala.

            - Não liga para o Tsubasa, ele é meio esquentado, vive pelas regras de Kantai e tudo o mais. - Vendo a cara de poucos amigos do Kouga e o deixando a sós com o outro cavaleiro.

Tsubasa foi responder, sendo interrompido pelo Kouga que o segurou firme pelo braço, fazendo ficar quieto.

            - O que foi isso, Tsubasa? Que cena foi essa? Eu não gosto de coisas assim, não quero que isso se repita, entendeu? Se você fizer outra cena como essa, serei obrigado a te corrigir e te punir. É uma promessa. Sabe que cumpro minhas promessas. - Kouga falou baixo.

            - Eu não gosto que toquem no que é meu, principalmente quando é alguém que tenta tomar exatamente isso. - O mais novo disse, virando o rosto, irritado.

            - Você realmente é um bebê. - O cavaleiro sorriu, virando o rosto do cavaleiro branco para si. - Não preciso disso, Tsubasa. Se é isso que vocês querem, é isso que será. Não preciso de mais ninguém, se tenho vocês ao meu lado.

Tsubasa sorriu, segurando o rosto do mais velho com as duas mãos, o beijando. Ele se afastou quando ouviu alguém se aproximando, vendo que era o Rei.

            - Ah se resolveram? Acho que esse vai ter de usar a coleira, né Kouga-kun? - Zero brincou.

            - Como assim, coleira? - Tsubasa perguntou, já voltando a ficar irritado. - Está querendo dizer algo com isso?

            - Já chega, vocês dois. E ainda querem colocar um terceiro nisso. - Kouga disse, usando sua já conhecida pouca paciência.

            - Porque o terceiro é o único normal dos três, Kouga-kun. Você precisa tomar cuidado com a sua sanidade. - Rei disse, sorrindo, vendo Kouga nem responder e indo onde Shiguto deveria estar.

            - Bom, melhor irmos juntos. Pelo menos assim, quem sabe, aquele monge mantenha as mãos longe dele. - Tsubasa disse, puxando o Rei.

            - Espero que esse ritual termine logo, espero realmente que esse ritual termine logo. - Zero falou, pensando no dia longo que teriam.

***************************************************************************************************

E realmente fora um longo dia, longo demais. Tsubasa ficara plantado ao lado do Kouga, olhando feio para o monge makai cada vez que ele se aproximava, parecia até um cão de guarda raivoso. Tentando resolver aquela situação, Rei resolvera iniciar um treino entre os três, piorando consideravelmente tudo. Começara muito bem, os três lutando entre si, de forma bem equilibrada. Dan era o mais veloz, Garo o mais forte e Zero estava entre os dois. O problema foi quando Shiguto resolvera mostrar toda a sua torcida pelo cavaleiro dourado.

Saldo final, Shiguto quase recebera uma chuva de pedras místicas do cavaleiro de Dan, Kouga resolvera parar o treino e ficara o resto do dia com a pior das caras e Rei queria apenas arrastar os dois cavaleiros para um canto escuro e resolver toda aquela tensão da melhor forma possível. E lógico, ele também queria que aquele monge fosse pulverizado, mas essa parte Zero não deixava ninguém perceber. A última coisa que precisava demonstrar era isso.

A noite chegara e as sacerdotisas se dirigiram ao ponto onde terminariam o ritual. Jabi liderando o grupo ao lado de Garai, com Rekka e Rin logo atrás. Esse seria o momento mais crítico, onde a possibilidade de ataque era quase certa. Kouga era o mais próximo, com Tsubasa e Rei posicionados nas laterais, em alerta para qualquer movimento estranho.

Jabi havia começado o ritual de purificação, sendo acompanhada pelas outras, a energia se propagando devagar, parecendo iluminar a noite. Os movimentos delas eram precisos, graciosos e demonstravam o nível de poder e conhecimento de cada uma. Tsubasa olhava com orgulho para sua irmãzinha, já tão crescida.

            - Kouga, uma energia maligna se aproxima. - Zabura falara.

            - São muitas energias. Preparem-se, eles estão aqui. - Shiruba afirmou.

            - Sim. E são muitos. - Goruba falara no final, quando o primeiro horror apareceu.

E eram muitos realmente, dezenas de horrors, todos atacando ao mesmo tempo. Rei vira Kouga se mover e desaparecer no meio dos demônios, a luz de sua armadura resplandecendo no instante seguinte. Os três cavaleiros passaram a proteger as sacerdotisas, não deixando que nenhum deles interferisse no ritual. No meio da luta, Zero não percebera que haviam sido separados, apenas se preocupava em matar os horrors que apareciam em ondas.  O cavaleiro prateado finalmente matara o último que o atacara, olhando ao redor e vendo apenas Tsubasa ali. Onde estava Kouga? E o monge?

Kouga havia sido arrastado para o outro lado da floresta, o cavaleiro havia seguido um grupo de horrors até ali e sentia que já chegava ao limite do uso de sua armadura. Dando um último golpe, Garo deixou que sua armadura desaparecesse, o cavaleiro caindo de joelhos, cansado. Ele não havia percebido dois outros Horrors se aproximando. Shiguto vira o ataque, o monge makai agindo sem pensar e realizando o feitiço. O fogo verde espalhou, atacando os dois horrors e os afastando do ruivo, ele usara sua espada para destruir os demônios.

Estava tudo bem, se não tivesse errado a força da magia. Com espanto e desespero, ele vira o fogo verde cobrir o casaco branco do Garo. Fora em questão de segundos, Kouga sentira o fogo e estava prestes a apagá-lo quando sentiu ser literalmente puxado e jogado ao chão. Shiguto puxara seu casaco, o retirando e já rasgava a camisa que ele usava, jogando os pedaços longe.

            - Kouga-sama! Me desculpe, me desculpe. Fique parado, esse fogo irá corroer até seus ossos. - Shiguto falava em cima do Kouga, procurando se havia mais algum foco da magia nele. O monge respirou aliviado, passando a mão nos braços do cavaleiro. - Você está bem?

            - Estou, Shiguto pare com isso. Está tudo bem. Você não precisava ter feito isso, sei muito bem como lidar com fogo madou! - O mais velho disse, querendo levantar e afastar o monge de si.

Nem tivera tempo disso. Kouga havia conseguido apenas soerguer o corpo quando Shiguto fora literalmente jogado longe e um irritado Tsubasa aparecera sobre o Garo.

            - O que eu disse sobre tocar o que não lhe pertence? O que eu disse sobre tocar o que é meu? - Kouga ouvira a frase que Tsubasa falara sem acreditar, uma exclamação de surpresa sendo escutada ali, virando e vendo todas as sacerdotisas olhando para eles e um Rei com cara de paisagem.

            - Como assim o que é seu, Tsubasa? - A sacerdotisa Garai perguntara, meio receosa do que receberia em resposta.

            - Isso é verdade, o que pertence a Tsubasa, visto que Kouga Saejima levara o cavaleiro da Noite Branca para a sua cama ontem. - A voz de Goruba dissera, deixando todos ali perplexos. - E isso aqui é Kantai, mocinho. Você não pode arrumar outro consorte assim, não depois de ter seduzido o nosso cavaleiro. Deverá seguir todas as nossas regras e desposá-lo.

            - O que???? Kouga levou Tsubasa pra cama e eu estava no meio de um bando de mulher fazendo ritual? Isso é injusto! Alguém filmou? - Jabi disse, super interessada.

            - Pelo menos alguém se divertiu esses dias. - Rekka respondeu, também interessada se alguém havia filmado.

            - YES. - todos olharam para o grito de felicidade da Rin. - Ah gente, meu irmão estava um saco, agora quem sabe ele consegue ficar mais calmo, né? E ainda terei Kouga como cunhado.

            - E poderá ter a chance de filmagens exclusivas. - Jabi e Rekka falaram ao mesmo tempo.

            - Pois é, cenas exclusivas de intimidade na família. - A menina concordou, já fazendo planos.

A sacerdotisa Garai não sabia o que responder, vendo Tsubasa ir para cima de Shiguto novamente, Goruba exigir um compromisso formal pela honra de seu cavaleiro, lembrando.  Ela fez um sinal de silêncio ao olhar para Kouga. Garo estava de pé com o seu casaco em mãos, olhando de forma sombria para Dan. Aquele olhar gelaria até a mais corajosa das pessoas.

Tsubasa nem viu quando Kouga o segurara firme pelos cabelos, o fazendo cair de joelhos no chão. Ele até parara de falar, engolindo em seco. Parecia que existia um eco com as palavras que o mais velho havia dito mais cedo: “Se você fizer outra cena como essa, serei obrigado a te corrigir e te punir.”

Kouga levantou os olhos, vendo Shiguto já de pé, olhando para eles com cara de espanto e desapontamento. Sem falar nada, Garo segurou Tsubasa também pelo braço, virando e saindo dali, arrastando o mais novo consigo.

            - Ah, acho que alguém será severamente punido. - Jabi disse, com aquela cara de tarada, indo na direção que Kouga tinha seguido.

            - Jabi, fique onde está. - Garai disse, cruzando os braços. A velha sacerdotisa virou para o Rei.

            - Acho melhor ninguém seguir aqueles dois, né? - Zero disse, ouvindo a risadinha de Shiruba.

            - Você tem algumas explicações para dar, Rei Suzumura. - Jabi disse, pegando o moreno e o arrastando. - E alguns detalhes também.

            - Isso mesmo. Muitos detalhes. - Rekka e Rin falaram juntas, seguindo a Jabi.

            - Pelo menos alguém irá se divertir com tudo isso, apesar que no final, até Tsubasa gostará do castigo. - Rei falou baixo, sendo arrastado pela sacerdotisa makai. 

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Kouga chegara na casa do Tsubasa, o soltando assim que chegaram no quarto dele. Garo fechara a porta atrás de si, sem tirar os olhos do moreno.

            - Ele não tinha o direito de te tocar, Kouga! Eu não vou permitir que ninguém... - Tsubasa tentou falar, sendo cortado.

            - Tsubasa! Você ficará quieto, não falará nada até a hora em que eu permitir isso, entendeu? - Kouga caminhou devagar, cortando a frase do outro, levando ele até onde estava o futon, fazendo com que Dan se sentasse nele. - Eu avisei, deixei claro. Agora não há o que poderá dizer ou fazer para mudar sua punição.

Tsubasa sentiu o corpo arrepiar, involuntariamente. O jeito como Kouga falara, a forma que ele o estava olhando deveria aterrorizá-lo, mas tinha um efeito contrário. Ele viu Garo pegar a faixa que Rei usara na noite anterior e segurá-la em suas mãos.

            - Você só vai falar quando eu deixar, só vai fazer o que eu mandar. Entendeu? Afirme com a cabeça. - Kouga viu o moreno fazer um sim, hesitante.- Ótimo, tire a roupa. Toda a roupa.

Tsubasa foi reclamar, vendo o olhar sério do outro, engolindo as palavras e tirando a roupa que usava, deixando seu casaco dobrado com cuidado ao lado do futon. O que ele faria?

Kouga esperou a última peça ser retirada, indo ate o moreno e o virando na cama, pegando a faixa e amarrando as mãos dele em suas costas, bem firme. Deixando Tsubasa de costas em seu colo, Garo olhou para a bunda clara a sua frente. Se o moreno queria agir como criança, seria tratado como criança. Dan sentiu o primeiro tapa, soltando um grito baixo. Ele o estava espancando? Não, melhor, ele estava dando tapas, fortes tapas em sua bunda? Um terceiro tapa ainda mais forte fizera o cavaleiro reclamar baixo, apenas para receber outros dois tapas no mesmo lugar.

            - Eu disse para ficar quieto! Você quer ser tratado como uma criança birrenta, então é dessa forma que farei. Quem sabe assim aprenderá a se controlar? - Kouga falou irritado e excitado.

Tsubasa mordeu os lábios, sentindo a pele sensível de suas ancas já vermelhas, o lugar doía, profundamente. Cada tapa parecia ecoar por todo o seu corpo. Talvez fosse o fato de estar virado no colo do Kouga, talvez o fato de com cada tapa que levava, seu corpo era forçado para frente, esfregando seu baixo-ventre de encontro à coxa do cavaleiro de Garo, não importava. Aquilo tudo, os tapas, a forma que era punido, Tsubasa estava muito excitado. O moreno gemendo baixo, sentindo o sexo já duro.

E não era o único que estava sendo afetado daquela forma. Sentiu a ereção de Kouga por sob o pano da calça, a respiração ofegante dele. Aquilo era tão quente e sensual, sentir a mão pesada do homem que amava em sua pele, marcando ela profundamente. Garo pareceu entender que aquilo já mudara de punição para outra coisa, o cavaleiro parando e olhando a obra-prima que realizara. A pele antes clara da bunda de Tsubasa estava vermelha e marcada, o moreno estava ofegante e gemendo. A ereção que se comprimia contra o músculo de sua coxa indicava que não era apenas de dor.  Inclinando o corpo, ele puxou o rosto do mais novo para si, o beijando, virando na cama e o colocando nela.

Sem falar nada, Kouga se afastou e tirou a própria roupa, a deixando de lado. Sem querer machucá-lo mais do que já havia, Garo procurou algo para usar como lubrificante, achando em uma das mesinhas um vidro de óleo perfumado. Ele derramou o líquido viscoso sobre os dedos, segurando o quadril o mais jovem com a outra mão, deslizando devagar eles pela entrada de Dan, o vendo soltar um grito estrangulado e abafado.

Kouga introduziu ali dois, três dedos, procurando abrir caminho pelo canal apertado e quente, comendo Tsubasa com a mão, o fazendo rebolar nela, o rosto de encontro ao futon, as pernas dobradas, com os braços e mãos amarradas, sem conseguir outro tipo de sustentação. Ele manteve o moreno assim, se ajoelhando na cama e trocando seus dedos pelo seu já sexo duro, empurrando o quadril com força para frente e entrando todo de uma vez, fundo, começando a estocar, bem devagar.

Tsubasa só conseguia gemer, ele sentia cada estocada com mais intensidade, era como se a surra que tinha levado o tivesse deixado mais ciente do que era ser comido daquela forma por Kouga, de quatro, amarrado, sem dó ou delicadeza. E ele adorava cada minuto que passava. Era como se ele só conseguisse sentir o cheiro que vinha do mais velho, era como se esse cheiro o deixasse sem nenhum pudor, sem nenhum receio. Quase um animal.

Kouga puxou Tsubasa pelo cabelo, o fazendo levantar a cabeça, sem parar de fodê-lo, sem parar de estocar. Ele deitou o corpo, beijando a boca do moreno, indo com a mão até o sexo duro dele, começando a masturbá-lo, falando baixo em seu ouvido.

            - Você pode gozar, Tsubasa. Isso eu o deixo fazer. Goza, pra mim. Agora. - Kouga disse, a voz de comando que usara antes, vendo ele perder o controle e fazer exatamente o que mandara, gozando na mão do Garo, fechando o canal ao redor da ereção dentro de si, puxando o mais velho para o mesmo caminho.

Kouga grunhiu, gozando dentro de Tsubasa, deixando o corpo pesar e cair sobre o outro, procurando recuperar o fôlego. Ele respirou fundo, saindo de cima do mais novo e soltando seu braço, vendo ele permanecer naquela posição, quase como um boneco quebrado.  Levando a mão a boca e lambendo cada gota do sêmen que ali estava, ele virou o rosto para o outro.

Tsubasa mantinha os olhos fechados, o corpo todo mole e marcado, a boca úmida e meio aberta. Sentiu o toque em seu rosto, abrindo os olhos e vendo a preocupação de Kouga, colocando um sorriso, mas sem falar nada. Garo sorriu também, se lembrando de que não havia dado permissão para o mais jovem falar, tentando entender porque chegara até aquele ponto.

            - Você pode falar agora, Tsubasa. Eu, me desculpe. Eu o machuquei. - Disse olhando a pele vermelha e marcada.

            - Não, eu que peço desculpa, Kouga-kun. Eu não penso, não pensei. E acabei deixando que todos soubessem sobre nós, sobre você e… - Kouga colocou o dedo na boca do moreno, fazendo um não com a cabeça.

            - Não se preocupe, não existe nada que proíba o relacionamento entre cavaleiros e mesmo que existisse, nunca segui as regras de qualquer forma.  Mas eu o machuquei e isso não posso permitir. - Kouga passou a mão pelo rosto do moreno, carinhoso.

            - Não, você fez o que eu queria. Eu … gostei. - Tsubasa disse, com o rosto vermelho. - Você pode fazer isso quantas vezes desejar, Kouga-kun. Quantas vezes quiser.
Kouga deu risada, levantando e ajudando o outro a fazer o mesmo, o levando para o banheiro. Ele viu o braço de Tsubasa, onde Goruba ainda estava lá, quieto. Se lembrando de que Zaruba ainda estava em sua mão, Garo recordou da frase do Rei sobre traumatizar o anel. Agora ele tinha sido traumatizado com toda a certeza e, junto, o bracelete.

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Rei respondia a saraivada de perguntas que as três sacerdotisas faziam, o cavaleiro tentando não deixar muita coisa escapar, só falando por cima do que acontecia. A maioria das perguntas era respondida com um não sei ou que elas deveriam esperar o Kouga para a resposta. Já fazia algum tempo que ele saíra com Tsubasa e eles teriam de partir em breve.

Rin virou o rosto, gritando o nome do irmão mais velho, atraindo a atenção de todos para os dois cavaleiros que retornavam. Tsubasa parecia andar com uma certa dificuldade, mas estava bem mais calmo e relaxado.

            - Gente, foi tipo assim selvagem sexo? Você aleijou o menino, Kouga??? - Jabi disse, agora mais revoltada que não havia seguido os dois.

Tsubasa ficou uns 4 tons mais vermelho, vendo a irmã dar risadinhas e querendo que o chão abrisse e ele fosse engolido, literalmente.

            - Jabi, pare com isso! Sabe muito bem que nunca saberá o que aconteceu, apenas ficar imaginando sem ter nenhuma certeza. - Kouga segurou Tsubasa pelo braço, o levando ate onde Rei estava. - Vou falar com a sacerdotisa Garai. Acho que preciso de uma autorização ou algo parecido.

            - Pedido oficial de casamento, olha que lindo. - Rei deu risada, vendo Tsubasa até engasgar.

            - Então vocês estão realmente juntos? - Rekka perguntou interessada.- E não se preocupe com Shiguto, ele está meio frustrado, como todos ficarão, mas não irá mais arrumar encrenca com o seu cavaleiro.

            - Ah que fofo, meu irmão mais velho vai casar com o Garo. Teremos muitos pudins nessa festa. - Rin disse, se lembrando do doce.

            - Ah vamos com calma, que casamento? - Tsubasa disse, olhando para o Rei, procurando alguma reação do Zero, vendo ele apenas sorrir.

            - Sacerdotisa Garai, peço desculpas pela forma rude que agi e por toda a confusão criada. - Kouga se aproximou da sacerdotisa idosa, fazendo uma reverência e falando com respeito.
            - Não se preocupe, acho que é uma tradição da família Saejima. Seu pai levou a minha melhor aluna e você agora levará meu melhor cavaleiro. Sabe que até o Senado decidir, Tsubasa não poderá ficar muito tempo afastado de Kantai, Kouga? - ela perguntou, vendo a afirmativa do rapaz. - Eu deixarei que ele o visite regularmente. Não, não preciso de explicações. Anos eu vi o amor de Tsubasa por você nascer e apenas aumentar. Só me prometa que não irá magoá-lo, Kouga.

            - Eu não farei nada para isso, sacerdotisa. Nunca. - Kouga sorriu para a velha sacerdotisa.

            - Sei disso. - Ela parou, vendo uma de suas servas chegar e falar ao seu ouvido. - Uma visita para Kouga? - Olhando para trás e vendo o monge moreno se aproximando.
Kouga virou o rosto, já reconhecendo a energia antes mesmo de vê-lo. Estava mais forte, era verdade, mas era inegável.

            - Leo. - Kouga não conseguia entender o porque ficará tão feliz ao ver o monge.

O monge/cavaleiro sorriu, arrumando o cabelo escuro fora do rosto. Tanto tempo que esperara aquele momento, que esperara rever o cavaleiro dourado e seu coração parecia que ia parar. Fazendo uma reverência, a voz doce saindo um pouco mais trêmula do que deveria.

            - Kouga-sama, finalmente. O Senado me liberou para retornar e te ajudar. - Leo sorriu para o ruivo.

Kouga fez um sim com a cabeça. Leo não tinha mudado em nada, continuava com o jeito de um menino cortês e educado.

            - Ah, olha quem saiu do lado das crianças. - Ouvira a voz de Rei falar, os outros se aproximando deles. - E nem se atreva a me chamar de Rei-sama.

            - Rei-san, Tsubasa-san. - Leo fez uma reverência para eles, cumprimentando cada uma das sacerdotisas da forma mais polida existente.

            - É, continua o mesmo. - Rei dissera, indo ate o Kouga e falando baixo - Agora a nossa família estará completa. - Vendo o outro apenas balançar a cabeça.

Leo falava com a sacerdotisa Garai, contando sobre como fora cuidar do acampamento de treinamento. Rei colocara a mão no braço do Kouga, chamando a atenção dele.

            - Temos de voltar, preciso ir para casa. - Rei disse baixo, somente para o namorado o ouvir.

            - Sua casa?  Achei que ia voltar comigo. - Kouga perguntou, sem perceber que Jabi observava os dois, atentamente.

            - Não, preciso ir pra minha casa, Kouga-kun. Vocês podiam ir para lá, depois. Acho que seria menos traumático para Gonza.  - Rei brincou.

Kouga achou estranho aquele argumento, não tinha nenhuma obrigação que fizesse Zero ter de ir para a própria casa, mas decidiu apenas aceitar.

            - Está bem, então vamos direto para a sua casa. - Ele concordou, se afastando, vendo a Jabi não desviar o olhar de cima deles, fingindo que nada acontecia. - Sacerdotisa Garai, devemos partir.

            - Obrigada mais uma vez, Kouga e Rei. Quando puder, Tsubasa irá visitá-lo. - A senhora disse, sorrindo e vendo o rosto vermelho do Dan. - Vamos, meninas. Estou cansada e está tarde - Indo de volta para o templo.

            - A gente se vê. - Jabi disse para os cavaleiros, parando por último no Kouga. - Principalmente para colocar algumas coisas a limpo. - Saindo.

            - Bom, vou aproveitar e pegar Shiguto e voltar também. - Rekka disse, se despedindo.

Rin sorriu, correndo e abraçando o Kouga, dando um beijo no rosto do cavaleiro.

            - Né, Kouga. Cuida bem do meu irmão! - A menina disse, correndo de volta para a casa dela e do Tsubasa.

Kouga balançou a cabeça, virando para o Dan, não se importando que todos estivessem olhando, indo ate ele e o beijando, vendo o moreno ficar com o rosto ainda mais vermelho.

            - Estaremos te esperando. - Foi o que dissera, se afastando, já pegando o caminho para voltar a própria casa, esperando Rei e Leo um pouco afastado.

            - Isso mesmo, estaremos te esperando. - Rei repetiu, colocando a mão no ombro do cavaleiro, vendo Leo sorrir, timidamente. - Eu disse que seria assim, agora é sem volta.

            - Eu agradeço, Rei. Ainda não consigo entender, mas agradeço. Até em breve e Leo - Virando para o monge. - Cuide da segurança de Kouga quando Rei não estiver por perto.

            - Sim, farei isso. - Leo concordou, seguindo o Rei até o cavaleiro de Garo, os três desaparecendo.

            - Gostaria de entender o que se passa na sua cabeça, Rei. Gostaria mesmo. - Tsubasa disse, caminhando de volta até sua casa.

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Kouga subiu devagar as escadas até o quarto do Rei, tirando o casaco e o deixando em cima de uma cadeira, enquanto ele e Leo iam verificar se havia algo para se comer por ali, ou seja, comprariam. Garo não os acompanhara porque ficar andando por aí sem sua camisa não seria prudente. Indo até onde o moreno guardava suas roupas, ele pegou uma de suas camisas, que lógico ficaria errada em seu corpo, mas havia algo bom em tudo aquilo: ele podia sentir o cheiro do cavaleiro prateado o tempo todo.  Voltando até a sala, o cavaleiro dourado virou para o anel em seu dedo.

            - Zaruba. - Disse, vendo o anel piscar. - Sei que não tenho lhe dado atenção e que os últimos acontecimentos não são do seu inteiro agrado. Desculpe por isso, eu deveria ser mais cuidadoso com você.

            - Nah, Kouga. Não se preocupe. Foram realmente acontecimentos traumáticos, mas se está feliz, é o que importa. Só, na próxima, não esqueça de me tirar da sua mão. Vi partes desses cavaleiros que não gostaria de rever, nunca mais. Nem tão de perto. - O anel fez Kouga dar risada. Ele ouviu o barulho da porta, vendo os outros dois cavaleiros cheios de sacolas.

            - Nous sommes arrivés, mon Prince. Nous pouvons manger. Le dîner est servi. (Chegamos, meu príncipe. Podemos comer. Jantar está servido) - Rei falara, já tirando as coisas de dentro das sacolas, com Leo o ajudando a arrumar.

Kouga concordou, indo até eles e se sentando próximo aos dois morenos. Eles comeram devagar, com Rei saboreando seus amados doces, quase se lambuzando com eles. Leo, como sempre, era polido e educado em suas maneiras, comendo pouco e falando quase nada, ouvindo o que os outros dois falavam. Ao terminar, Zero se espreguiçou, levantando:

            - Bom, eu preciso de um banho, como alguém já tomou antes de sair de Kantai, vou deixá-los com a terrível tarefa de organizar e arrumar isso - Rei falou para o Kouga, mostrando as caixas vazias e saindo.

Leo concordou, começando a pegar as coisas e a arrumar para jogar as embalagens fora, o moreno procurava onde ficariam as sobras.

            - Leo, você sabe sobre eu, Rei e Tsubasa. - Kouga perguntara, vendo o monge fazer um sim com a cabeça. - E segundo Rei, quer o mesmo que eles?

Leo parou o que fazia, virando para o Kouga e fazendo um sim com a cabeça. Sentando próximo ao mais velho, o moreno disse devagar.

            - Pode parecer estranho, esquisito ou até mesmo absurdo, mas sim. É o que quero. - Ele apoiou as mãos em suas coxas.

            - Eu queria entender por que eu, por que assim. - Kouga falou, sem desviar o olhar.

         - Kouga-sama, eu não poderia responder pelos outros, somente por mim, mas acredito que o motivo seja o mesmo. Porque você é, simplesmente, você. Tudo em você é marcante, seu espírito, sua honra. Não existe uma forma de explicar, onde quer que passe, o que quer que faça, é sempre algo marcante. Sua presença nos uniu, nos modificou e nos fez melhor. Quando esteve fora, na Terra Prometida, procurando pelo corpo de Gajari, eu, Rei e Tsubasa fomos para o torneio Sabak e ajudar também no campo de treinamento. Havia uma tristeza, uma falta em todos que estavam ali. Parecia que tinham arrancado minha alma e eu deveria continuar caminhando. E isso era evidente com os outros, Rei nem fazia suas habituais brincadeiras, apenas estávamos ali, esperando. Um pouco antes da luta entre Tsubasa e Rei, nós ficamos conversando, falando sobre tudo que havia acontecido e por fim, sobre você. Eu não sei quem falou primeiro, acho que fui eu, possivelmente. Não havia mais como suportar aquilo sem dizer o que era, sem expressar o que era. Sentia tantas saudades da sua voz, da sua presença que acabei falando isso. E Rei perguntou se eu o amava e respondi que sim, com todo o meu coração. Tsubasa falara a mesma coisa, dizendo que por você ele havia se tornado um cavaleiro melhor, havia recuperado a admiração da irmã que tanto amava. - Leo falava sem parar, sem levantar o rosto, a voz doce do cavaleiro ecoando pela casa.

            - Imagine, dois cavaleiros makai, confessando o amor praticamente impossível pelo mais alto deles, o mais forte, o mais importante.  Quando Rei disse que sabia o que sentíamos, que ele também o queria, era como se fosse uma brincadeira do destino. Mesmo que algum de nós tivesse a chance de tê-lo ao lado, os outros dois estariam fadados a morrer de amor, como dizem por aí.  Ainda lembro de Rei falando que não deveria ser assim, que nós poderíamos dividi-lo . Acho que Tsubasa disse que era absurdo, como poderia dividir você com alguém? Mas Rei insistira, e ele tinha um argumento bem válido. Nós estávamos os três confiando um segredo entre nós, se houvesse algum tipo de competição nenhum teria falado o que falou, e no final o que importava era o nosso amor por você. Então fizemos um acordo, se um conseguisse se aproximar, ajudaria a trazer os outros. Nós três estaríamos sempre ao seu lado, somente nós três. Eu realmente não sabia o que fazer, era um sonho tão impossível que não falei nada. E Tsubasa desacreditou que se Rei conseguisse conquistá-lo, ele dividiria sua atenção com mais alguém.

            - Vocês fizeram um acordo. Por isso Rei falara que estava tudo bem, que era isso que queriam. Os três comigo. - Kouga disse, ainda incrédulo.

            - Sim, era esse o acordo. Eu, de alguma forma sabia que de todos quem mais tinha essa chance seria Rei. Você o ama, sempre o amou. Era claro como o dia quando olhava para ele, quando falava com ele. - Leo disse, vendo a reação de Kouga e sorrindo. - Eu só espero que exista um espaço em seu coração pra mim. No meu existe somente a sua presença.

Kouga sentiu um aperto no coração, indo até o moreno e levantando o rosto dele, vendo tanto amor e confiança. Leo estava ali, entregando para o cavaleiro tudo que tinha e era, tudo que podia.

            - Sempre existiu um lugar para você, Leo. Acho que meu coração é maior do que pensava e isso é somente por vocês. - Ele segurou o rosto com as duas mãos, o beijando.
Diferente dos outros, Leo se entregava aos poucos ao beijo, de forma tímida e contida no início, deixando que o outro comandasse o ritmo, dando total controle ao ruivo.  Eles se afastaram quando ouviram a voz do Rei.

            - Ah não parem por mim, estava tão lindo, os dois nesse beijo. - Zero brincou.

Kouga levantou, puxando a mão do Leo e indo até onde estava o lugar separado para a Shiruba e Zaruba, deixando o anel ali, sem esquecer sua promessa de tentar não o traumatizar ainda mais, pegando a mão do monge, tirando Eruba dali e o colocando ao lado dos outros dois. Lord deixou que Garo o conduzisse até Rei, o vendo segurar o Zero com a outra mão, os levando para o quarto. Seu coração parecia que ia explodir, sair de seu peito. Aquilo realmente estava acontecendo.

Kouga foi até a cama, virando e se sentando nela. Garo ficou olhando para os dois morenos, apoiando o rosto com as mãos. Rei entendera o recado, abraçando Leo por trás e começando a tirar a roupa dele, deixando que as peças caíssem no chão, beijando e mordendo cada pedaço da pele clara que aparecia.

            - Leo-chan, vous sentez une odeur si douce. Aime les bonbons. (Leo-chan, você tem um cheiro tão doce. Adoro doces.) - Rei disse, enquanto beijava o monge, o vendo não entender o que falava, mas corar pelo tom que usara. - Et si timide. Vous et Kouga-kun, la plus belle vision. (E tão tímido. Você e Kouga-kun, a visão mais linda existente.)

Leo fechou os olhos, gemendo baixinho enquanto era beijado, mordido e acariciado pelo Zero, a pele toda arrepiada. Ele sentia o peso do olhar de Kouga em seu corpo, ficando ciente que o mais velho observava cada detalhe dele, já muito excitado pela situação. Sem perceber que era conduzido devagar até a cama, o monge levou um susto ao sentir as mãos do Garo em sua cintura, o forçando a sentar de costas no seu colo. Rei não parou o que fazia, segurando as suas mãos acima de sua cabeça, enquanto o ruivo tocava o seu baixo-ventre.

Leo virou o rosto, apoiando ele contra o pescoço do Kouga, sentindo as mãos do Garo no seu sexo, começando a rebolar devagar no colo do mais velho. Rei continuava a beijar sua pele, deixando a boca do monge livre para que fosse atacada pelo ruivo. Três corpos em total sincronia, como um balé de amor e desejo. O ambiente fora tomado por uma música, doce, sensual. Quente. O som vinha de algum lugar na rua, mas parecia que estava sendo tocada para aquele momento.

Listen as the wind blows from across the great divide
voices trapped in yearning, memories trapped in time
the night is my companion, and solitude my guide
would I spend forever here and not be satisfied?

and I would be the one
to hold you down
kiss you so hard
I'll take your breath away
and after, I'd wipe away the tears
just close your eyes dear

Rei se ajoelhou diante os dois, abrindo as pernas de Leo, lambendo a parte interna das suas coxas, indo com o nariz ate o seu baixo-ventre. Ele tremeu e ofegou quando sentiu os lábios do Zero em seu sexo, sugando apenas a cabeça rosada, deixando que a mão do Kouga permanecesse na base da ereção. Os pequenos gritos que saíam da garganta do moreno ecoavam pelo quarto junto da melodia que tocava, insistentemente, em um loop. Terminava e recomeçava. Queria que Lord gozasse ali, era mais fácil dele relaxar para o que aconteceria. Sabia que o mais velho não iria machucá-lo, mas conhecia bem como ele era naquele momento e algo fazia com que Rei não quisesse que ele sentisse alguma dor.
Forçando o ritmo com que sugava e vendo que Kouga também seguira o mesmo com suas mãos, Rei continuou a chupá-lo. Em poucos minutos, sentiu o jato quente tocar em sua garganta e o corpo do moreno amolecer de encontro ao do Garo, o ruivo o manteve seguro entre seus braços. Zero se afastou, olhando os dois e sorrindo. Viu quando o namorado deitou o moreno na cama, virando para si e o puxando, lambendo o líquido que escorria pelo canto de sua boca.

            - Tire a roupa, Rei-chan. Agora. - Rei sentira a pele queimar, havia algo errado. Aquele cheiro, aquele aroma. A música, a voz. Kouga.

Through this world I've stumbled
so many times betrayed
trying to find an honest word to find
the truth enslaved
oh you speak to me in riddles
and you speak to me in rhymes
my body aches to breathe your breath
your words keep me alive

And I would be the one
to hold you down
kiss you so hard
I'll take your breath away
and after, I'd wipe away the tears
just close your eyes dear

Zero obedeceu a ordem lhe dada, em sua mente, em sua cabeça havia apenas uma coisa. Kouga. O que era aquele perfume?  Vinha do Garo, com certeza. Era doce, era viciante, intoxicava cada fibra de seu corpo.  Ele fechou os olhos, sentindo que não conseguia mais pensar, que deveria apenas agir. Ele precisava devorar aquele perfume, se fartar naquele aroma, naquela pele. Em todo aquele corpo. Quando Rei abrira os olhos, suas pupilas estavam totalmente dilatadas.

Ele foi até Kouga, puxando e rasgando a roupa que o outro usava, vendo a surpresa nos olhos do mais velho, nem ligando. Sabia que Garo não faria nada para impedi-lo, sabia que poderia fazer o que bem quisesse. Segurando o rosto do ruivo com as mãos, marcando a pele com os dedos, Rei iniciara o beijo, arrancando sangue após alguns minutos. Leo abriu os olhos, vendo os dois cavaleiros, o monge sendo afetado também pelo aroma que vinha do cavaleiro dourado, agindo por impulso.

Enquanto Rei mantinha o beijo, o monge se aproximara, lambendo o caminho pelo abdômen até o baixo-ventre do Kouga, engolindo o sexo duro dele e começando a sugar. Os dois morenos devoravam cada pedaço que podiam do mais velho, começando a alternar, trocando de lugar. Leo ia até os lábios enquanto Rei se ocupava de continuar a chupá-lo.

Os dois se olharam, Zero sorrindo, indo juntos à ereção, começando a sugar a carne dura ao mesmo tempo, um na base e o outro na glande. Kouga arqueou o corpo na cama, agarrando a cabeceira dela, quase a arrancando do lugar.  Sentira os amantes se afastarem, virando o rosto para acompanhar o movimento deles, vendo Rei subir em seu colo, sem se importar com preparação, com mais nada, descendo o corpo pela ereção molhada do ruivo, o enfiando fundo dentro de si, começando a cavalgá-lo com força, com vontade.

Leo aproveitou para beijá-lo, não o deixando quase respirar. Rei pareceu rosnar, o cabelo longo já molhado pelo suor caía por seu rosto, indo para a frente e mordendo com força o ombro do ruivo, o sangue escorrendo pela ferida, o gosto dele inundando a boca de Zero e ele chegando ao orgasmo, engolindo todo o líquido vermelho e quente, ele tirou o sexo ainda duro de dentro de si, deitando ao lado do ruivo, falando no ouvido dele devagar.

            - Je veux voir vous et Leo, je veux vous voir à l'intérieur, maintenant ! Maintenant, mon Prince, vous devez venir à l'intérieur de la Leo. (Eu quero ver você e Leo, quero ver você fundo dentro dele, agora! Agora, meu príncipe, você precisa gozar dentro do Leo.) - Rei ordenou vendo o mais velho obedecer.

Kouga puxou o corpo menor do moreno para a cama, ficando por cima. Rei fora ate a mesinha ao lado, pegando o creme que gostava de usar como lubrificante, vendo que o ruivo levantara o quadril do Leo, derramando uma boa quantidade dele em seus dedos. O monge sentira a invasão dos dedos do Zero, forçando o canal e o relaxando, alargando o caminho para o que estava por vir. Apoiando os pés na cama para ajudar, sem conseguir parar de gemer, o moreno sentiu a troca dos dedos pela ereção do ruivo.

Kouga entrava devagar, deixando com que o monge/cavaleiro se acostumasse aos poucos com a invasão da sua ereção. Deuses, como era quente e apertado, como era bom aquilo. Quando se viu inteiro enterrado no corpo menor, Garo esperou que ele desse permissão para se movesse.  Limpando uma lágrima que escorrera devagar pelo rosto do moreno e o vendo abrir os olhos.

            - Estou bem, Kouga-sama. Por favor, eu preciso. Ahhh, preciso tanto de você, vocês. Me ame, me coma, me complete. Agora. - Leo disse, rebolando devagar e fazendo com que Kouga o acompanhasse.

Garo concordou, começando a estocar, deixando as pernas longas e fortes envolta de sua cintura, sentindo o corpo de Rei atrás de si, se esfregando inteiro nele, seguindo as estocadas que dava no Leo. A única coisa que Zero conseguia pensar era naquele cheiro, no gosto do sangue em sua boca. Na música que tocava, nos gemidos que ecoavam pelo quarto. Ele seguia os movimentos do ruivo, mordendo o outro ombro, forçando e pesando o corpo contra os dois, sentindo ele tremer abaixo de si. Sabia que o ruivo estava próximo, que gozaria. Ele esfregou o sexo ainda duro de encontro a coxa do namorado, querendo que os três seguissem juntos. A pequena morte acontecendo, tudo perdendo o foco, a visão ficando turva.

Into this night I wander
it's morning that I dread
another day of knowing of
the path I fear to tread
oh into the sea of waking dreams
I follow without pride
nothing stands between us here
and I won't be denied

Quando recuperou os sentidos, Rei estava deitado na cama, com um adormecido Leo ao seu lado e Kouga estava olhando para cima, o peito ainda disparado, o sangue escorrendo pelas duas mordidas em seus ombros. Zero levou a mão à boca, sem saber o que falar. Não sabia o que tinha acontecido, era como se tivesse sido possuído.

            - Rei. - O moreno virou o rosto, vendo Kouga o olhar e sorrir. - Não pense nisso. Está tudo bem.

And I would be the one
to hold you down
kiss you so hard
I'll take your breath away
and after, I'd wipe away the tears
just close your eyes dear
I'll hold you down
kiss you so hard
I'll take your breath away
and after, I'd wipe away the tears
just close your eyes...

Zero sentiu a garganta se fechar. Como Kouga conseguia fazer aquilo? Em uma única frase deixar claro que tudo o que Rei quisesse estaria certo? Ele não queria pensar, não queria encarar o que isso significava, voltando a fachada que sempre usava e sorrindo debochado.

            - Né, Kouga-kun, não existe melhor forma de deixar a vida interessante do que três cavaleiros makai morenos, prontos para pular na cama. - Rei brincara.

Kouga balançou a cabeça, sabendo que Rei estava mudando o foco da conversa, deitando na cama quieto. Ele sentiu Leo o abraçar e deitar a cabeça em seu peito, virando para o Zero que abraçara o monge.

            - Acho que vou me acostumar a dormir assim, Leo é bem mais macio que você, Kouga-kun. - Rei falara, bocejando.

Lá fora, a música ainda tocava, mais distante. Os versos levando Kouga ao mundo dos sonhos.

O loiro sorriu, ainda sentindo o aroma que irradiava da casa à sua frente. A mulher ruiva ao seu lado lambia a boca com o resto da pessoa que haviam matado, os olhos dela ainda dilatados.
            - Mestre, que aroma, que perfeição. Quando ele estiver conosco, será um banquete todos os dias, não é? Delicioso. - ela disse, sorrindo.

O horror levantou o rosto, olhando a janela onde os cavaleiros estavam, desligando o aparelho em suas mãos e terminando a música que tocava, cantando suavemente.
            - E eu seria aquele a segurá-lo forte, beijá-lo com força. Deixá-lo sem respiração e depois, eu enxugaria suas lágrimas. Apenas feche seus olhos querido.

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Continua.

*nota das autoras: o comportamento da Jabi, Rekka e Rin estão OOC por uma piada interna entre nós e uma amiga, por isso elas parecem essas fujoshis enlouquecidas.  Por isso não liguem para seus surtos de filmagens, passar a mão, querer o Kouga e os meninos. 

Para uma melhor visualização aqui vão os alter egos:

Suryia - Rin (apaixonada pelo Rei e pelo Kouga)

Elizabeta - Jabi (apaixonada pelo Tsubasa e Kouga)


E nossa querida amiga Evil Kitsune (que não escreve conosco) é a Rekka louca pelo Leozinho. 



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