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Doce sonho (ou um lindo pesadelo)


Capítulo 7 - Disturbia


Jabi olhara a casa, o lugar parecia vazio. A sacerdotisa entrou na sala, vendo os objetos dos cavaleiros ali, então, com certeza, eles não haviam saído. Rekka balançou a cabeça em uma negativa. Droga, ela pensou que eles estavam no quarto.

        - Tem certeza que o empregado do Kouga disse que eles estavam aqui, Jabi? - Rekka perguntou, ouvindo um barulho vindo da porta à esquerda.

Rin virou o rosto na direção da porta, as três sacerdotisas paradas pela visão de um Rei nu ali, parado e olhando para elas. Totalmente sem roupa alguma. O cabelo negro estava todo bagunçado e ele parecia cansado, mas satisfeito. A irmã de Tsubasa não conseguia desviar o olhar do cavaleiro moreno e das marcas em seu corpo e seu sorriso de felicidade.

        - Opa, descobrimos onde estava a ação. Vou querer ser recebida dessa forma todos os dias. - Jabi disse, indo até a Rin e fechando a  boca da jovem. - Disfarça a baba, querida.

        - Eu acho que ainda estou na minha casa e, sinceramente, depois de três dias perfeitos, não existe nada que você possa fazer ou falar para me irritar. - O moreno foi para o quarto pegar alguma coisa para vestir.

        - TRÊS DIAS? - As três repetiram, se olhando..

- Orra, Kouga por que eu te deixei escapar??? - Jabi se lamentava.


            - Que tanto barulho é esse? - A voz irritada de Tsubasa ecoou, ele parando de falar ao ver as três mulheres virando em sua direção, o cavaleiro branco no mesmo estado que Rei.

        - Ahhhhhh - Rin tampara os olhos, virando na direção contrária - Meu irmão, não!

        - Opa, eu já acho um sim, hein? Eu pegava. - Jabi disse, divertida. - Oh se pegava.

        - É, vale a pena - Rekka completara.

Tsubasa sentiu Leo atrás de si, puxando o monge antes que ele ficasse parado e o levando para o quarto.  

       - Ohhhhh Leo??? O que aquela roupa de monge esconde, minha gente. - Jabi disse, se abanando.

        - Não é tanto quanto o Rei, mas tá bom. - Rin dissera.

        - Eu pegava. - Rekka virou para a porta, puxando o braço da Jabi.

Kouga estava parado nela, tão pelado quanto os outros. O cabelo ruivo estava todo levantando, e ele estava todo marcado por mordidas, chupões, cortes, roxos, arranhados. Parecia até que ele tinha saído de uma luta e que não dormia há dias. Nem comia direito. Após o choque inicial das três, com a boca aberta e sem saber o que falar, Jabi balançou a cabeça, séria.

        - Vamos até a delegacia, Kouga. Você precisa fazer um boletim contra violência doméstica. - Jabi dissera, com as mãos na cintura.

Kouga nem respondeu, aquele jeito dele de ser, indo devagar para o quarto, dando as sacerdotisas a visão perfeita da sua bunda ao caminhar.

        - Eu juro que não sei quem tem mais sorte, Kouga ou os outros três. - Rekka comentara com um suspiro.

        - Eu sei quem não tem sorte nenhuma: eu. - Jabi falara, emburrada.

        - Eu não sei se estou traumatizada ou muito feliz. - Rin falara, pensativa. - Ou os dois.

        - Nem quero comentar os meus traumas. - Rei surgira ali, já vestido para tristeza da Rin, indo até a Shiruba e a colocando em sua mão. - Então, o que devo essa visita tão maravilhosa?

        - Além de aumentar a nossa alegria de viver, nós temos um assunto para tratar com vocês, referente a um feitiço que criamos. - Jabi sentou no sofá.

        - Ah, Leo comentara a respeito. - Rei sentou também, arrumando o cabelo com os dedos e sorrindo para a Rin.

        - Rin! - Tsubasa entrara na sala, também arrumado, vendo a irmã vir em sua direção e o abraçar.

        - Jabi-san, desculpe - Leo estava atrás do Tsubasa, já pedindo desculpas para a sacerdotisa.

        - Ih nem precisa, aliás devo é agradecer. Não esqueceram de filmar tudo né? - Rekka deu um cutucão na Jabi. - Okay, okay. Parei.

        - Conseguiram montar o encantamento? - Leo perguntara, se sentando próximo as três.

        - Conseguimos, mas precisa de um certo ritual inicial para funcionar. Um que vou precisar da colaboração dos seus objetos. - Jabi falara.

        - Nossos objetos? - Leo virou para o Rei que entregou Eruba para ele e Goruba para o Tsubasa.

        - Sim, os objetos. O feitiço mostrará o que desejamos saber, Leo, mas para ele funcionar vocês precisam trocar seus objetos em uma ordem específica. - Jabi explicara, mostrando o anel do Leo.

        - Qual a ordem? - Tsubasa perguntara.

        - Kouga deverá ficar com Shiruba, Rei com Goruba, você com a Eruba e o Leo com Zaruba. Quando estiver ativado, transportará vocês para uma realidade paralela e lá a resposta será revelada do que está acontecendo. - Jabi explicou.

        - O que está acontecendo? - Kouga entrara na sala, já mais arrumado.

        - Os ataques de horrors que temos sofrido, o Senado acha que é algo que envolvem vocês quatro, por isso criei esse feitiço para descobrir o que está acontecendo. - Jabi explicara para o cavaleiro dourado.

Leo olhara para Tsubasa e Rei, respirando aliviado que Jabi não falara tudo o que eles realmente estavam procurando descobrir.

        - Por quanto tempo será essa troca? - Kouga pegou Zaruba na mão, não gostando de estar longe do anel.

        - 24 horas. - Jabi respondeu.

Kouga respirou fundo, virando para o Leo e entregando Zaruba para ele. O monge sorriu, colocando o anel no dedo e entregando Eruba para Tsubasa que fizera o mesmo com Goruba o entregando para o Rei. Zero segurou Shiruba, indo até o Garo, colocando ela na mão do cavaleiro, demorando um pouco fazendo aquilo.

        - Ah, já estão treinando para o casamento. Que fofo! - Jabi brincara vendo Rei soltar a mão do Kouga e se afastar. - Uhh arredio.

        - Indomável, querida - Rei falara, sentando de pernas cruzadas. - Bem selvagem, pergunta para o Kouga-kun.

        - Bom, e agora? - Kouga cortou aquela conversa absurda.

        - Agora nós três e o Leo realizaremos o feitiço. Vai demorar um pouco, se vocês quiserem fazer qualquer outra coisa… - Jabi nem terminou a frase já vendo os três envelopes vermelhos aparecerem. - Acho que já arrumaram o que fazer, pelo menos.

Kouga pegou o envelope que estava endereçado ao Garo, o queimando e lendo. Deveria partir imediatamente para o Norte. Olhou para Rei e Tsubasa.

        - Preciso ir para o Leste, imediatamente. - Zero dissera.

        - Ocidente. - Tsubasa completou. - Estaremos em cantos diferentes.

Kouga concordou, pegando seu casaco e saindo. Rei e Tsubasa balançaram a cabeça, os dois também sumindo.

        - Esses ataques estão cada vez mais estranhos. - Rekka comentou olhando para a Jabi.

        - O negócio é realizarmos logo esse feitiço, precisamos descobrir o que está acontecendo e porque está acontecendo. - Rin cruzou os braços.

        - Então, vamos começar. - Jabi falara, virando para o Leo. - Leo, você será a âncora, por isso está com Zabura. Rei é o mais afetado, pelo que já percebemos e por isso Kouga está com Shiruba enquanto Zero está com Goruba. E por isso Tsubasa está com Eruba. Tudo será centrado em você e Zaruba, porque é possível que vocês sejam influenciados de alguma forma nessa realidade paralela.

        - Eu entendo, Jabi, e estou preparado. - o monge dissera, segurando o pincel madou.

        - Sei que está. Venha, vamos começar. - A sacerdotisa disse, já com as outras preparando o que eles precisavam para realizar o feitiço.


**************************************************************************
           - Tsubasa, sinto a presença de horrors. - Eruba falara com o cavaleiro de Dan, os dois em um prédio de escritórios.

Ele ouviu o grito, indo na direção do som, chegando ao que parecia ser uma sala. A mulher estava parada no meio dela, o cabelo negro repicado estava desgrenhado. O homem já estava meio devorado, sem possibilidade de salvamento. Dan usara o Bo, acertando o horror pelas costas. Ela virou metade do corpo, como se fosse feita de borracha, dobrando ele naquele ângulo estranho, o sangue escorrendo de sua boca.

        - Cavaleiro Makai, você não deveria ser tão rude e interromper uma dama em sua alimentação. - O demônio disse, a voz velha e grossa.

        - Eu vou fazer bem mais do isso. - Tsubasa falara, batendo com os dedos em seu brinco, atacando o horror com sua magia.

Ela desviou de cada pedra lançada, indo na direção de Dan, ele a acertando de novo com o Bo, já o usando como lança. O horror percebeu que aquele não era um cavaleiro makai qualquer e que iria lhe dar trabalho, mudando para sua forma original. O horror parecia um polvo, tentáculos surgiram por todos os lados, prendendo as pernas e braços do cavaleiro branco e o levando para fora do prédio, destruindo tudo que estava no caminho. Tsubasa tentava se soltar, sendo levado até as duas bocas escancaradas do demônio, a baba escorrendo e derretendo o que tocava, como ácido.

Dan usou o Bo em suas mãos, acertando e bloqueando o ataque, cortando um dos tentáculos e soltando o braço. Em um movimento rápido ele chamara sua armadura, o brilho pulverizando metade do corpo do demônio, a lança já sendo cravada nele, o fazendo desaparecer, caindo no chão com um baque seco.

        - Tsubasa! - Eruba dissera, ouvindo o gemido de dor do cavaleiro já sem a armadura.

        - Estou bem, Eruba. - O cavaleiro levantou, deveria ter quebrado algo, possivelmente uma costela. - Só preciso descansar um pouco. - ele disse, sentando em um lugar escondido, tentando se recuperar para retornar.

***************************************************************************************************

Rei bateu contra a parede, o cavaleiro desviando do golpe que receberia, o horror se virando e continuando a atacar. Era como um louva-deus, com duas garras em forma de pinças, afiadas e duras. O cavaleiro já tinha cortes por todo o corpo e ainda não conseguira descobrir o ponto para acertar o horror, metade da estação de trem em que estava já fora destruída e a outra estava já a caminho.

        - Rei, o ponto é abaixo do abdômen, você precisa acertar ali! - Goruba falara, chamando a atenção do cavaleiro.

        - Ótimo, agora é ver como fazer isso. - Zero usou as espadas como escudo, sendo arrastado alguns metros.

Zero se afastara, rodando as espadas e chamando sua armadura, partindo para o ataque contra o horror, ele havia conseguido passar por baixo do demônio e o acertando no ponto certo ao mesmo tempo em que uma das pinças o pegara no ombro, o sangue explodindo do cavaleiro ao mesmo tempo em que o horror desaparecia.

        - Rei! - Goruba viu o moreno cair no chão, cuspindo sangue, o corte bem profundo em seu ombro.

        - Droga! - Rei sentiu a cabeça pesando, ele perdendo a consciência ficando jogado no chão.
Goruba continuou chamando o cavaleiro, o objeto brilhando e o levando para um lugar mais reservado.

***************************************************************************************************

Kouga colocou a mão no braço, o horror a sua frente evaporando. Ele tentou mover o braço esquerdo, ouvindo o barulho do osso.

        - Kouga, acredito que seu braço está quebrado. - Shiruba dissera, preocupada.

        - Hum. - Foi a única resposta do cavaleiro.

Tinha sido uma caçada intensa, mas normal. O horror não fora tão difícil de dominar, ele já o teria matado, se não fosse os dois humanos que estavam ali. Normalmente eles teriam corrido e fugido, procurado se proteger. Dessa vez, os dois pareciam drogados, dominados por algo, algum tipo de feitiço. Eles avançaram contra Kouga, surpreendendo o cavaleiro e o atacando. Não o atacando, eles tentaram arrancar suas roupas, era como se tentassem violentá-lo, dando oportunidade para o horror atacar junto. Tanto trabalho para tentar salvar aqueles idiotas, para no resultado final Garo ter o braço quebrado e eles serem devorados pelo horror.

        - Shiruba, preciso ir pra minha casa. Não quero que os outros vejam isso. - Kouga ouviu o medalhão concordar.

        - Rei e os outros ficariam muito preocupados. - Shiruba já abria o caminho até a casa do Garo.

Kouga entrou em sua mansão, ouvindo Gonza se aproximar. O mordomo parou, olhando o estado em que ele estava e o ajudando.

***************************************************************************************************

Leo movera a mão com o pincel, apontando contra a chama esverdeada a sua frente, a vendo ficar vermelha. Jabi, Rekka e Rin estavam ao redor dele, as palavras sendo recitadas e surgindo no ar, símbolos, marcas, poder. Com um grito, a chama explodiu, subindo até o teto como um dragão e evaporando. O monge sentiu o encantamento entrar em seu corpo, o fazendoele cair de joelhos.

        - Agora, Leo, é com você e os outros. Pelo tempo já deve estar para fazer efeito. Ficaremos aqui para qualquer problema. - Jabi dissera, ajudando o moreno a levantar.

        - Obrigado, Jabi-san, Rekka-san e Rin-san. - Leo se curvara diante as sacerdotisas.

        - Não agradeça, existe muito pouco o que não faríamos pelo Kouga. - Rekka respondeu, com as outras concordando.

        - Onde será que eles estão, aliás? - Rin dissera, olhando o relógio que estava ali.

Leo também estava preocupado, o monge saiu de onde estava indo na direção onde Rei deixava o celular, sentando no sofá e ligando o aparelho, as três ligações caindo na caixa de mensagens. Desligando o aparelho, Lord encostou a cabeça no braço do sofá, sentindo os olhos pesarem de repente, dominado por um cansaço estranho, sem conseguir emitir nenhum som ou levantar, a consciência se perdendo na escuridão repentina.

***************************************************************************************************

A primeira coisa que Tsubasa notara era que estava preso por correntes a uma barra de ferro que passava entre seus braços. A segunda era que estava nu e de joelhos. A terceira era que Kouga estava parado à sua frente, o rosto severo e sério. A quarta era que tocava uma música estranha no lugar. O cavaleiro dourado se aproximou devagar, vendo Dan tentar se soltar, soltando um riso baixo.

        - Sempre tentando desobedecer não é, Tsubasa? - Garo falara, atraindo a atenção do mais novo. - Por que você nunca faz o que eu mando? Nunca.

Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
What's wrong with me?
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Why do I feel like this?
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
I'm going crazy now
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
No more gas in the rig
Can't even get it started
Nothing heard, nothing said
Can't even speak about it
All my life on my head
Don't want think about it
Feels like I'm going insane
Yeah

Kouga se ajoelhou na frente de Dan, puxando ele pelo cabelo e levantando o rosto dele até ficar na direção de seus olhos.

        - Toda a vez que começa a reclamar, que não escuta, que faz só o que quer e deseja, sabe a vontade que tenho, Tsubasa? É a de pegar o seu bastão e enfiá-lo bem fundo em você, até fazer com que entenda a quem deve obedecer. Sabe onde eu gostaria de enfiar o bastão não sabe? - O ruivo soltou o cavaleiro e deixou que ele caísse com tudo no chão. Inclinando o corpo, Kouga tocou o moreno devagar no seu rego, introduzindo um dedo na sua entrada, o fazendo soltar um grito abafado e baixo. - Já imaginou, não é? Indo bem fundo em você, deixando apenas que gemesse e pedisse por mais. - Kouga disse, vendo a expressão de medo, susto e desejo que se misturava no amante.

It's a thief in the night
to come and grab you
It can creep up inside you
and consume you
A disease of the mind
It can control you
It's too close for comfort
Put on your break lights
Were in the city of wonder
Ain't gonna play nice
Watch out you might just go under
Better think twice
Your train of thought will be altered
So if you must faulter be wise

Kouga levantou, tirando o dedo do canal, andando ao redor de Tsubasa. Garo colocou o pé na base da coluna do cavaleiro, o segurando no lugar, uma espada negra surgindo em suas mãos.

        - Acho que vou começar a disciplina agora, o que pensa? Eu vou fazer com que entenda o que quero, até que fique gravado em sua alma e pele. Até ouvir seus gritos. - Cada palavra que era dita era acompanhada pelo barulho da espada batendo contra a mão do ruivo.

Tsubasa sentiu o primeiro tapa em suas ancas, o moreno dando um grito baixo pela dor, sentindo o cabo da espada passar ali. Kouga passou a dar tapas e a usar a espada, não com a mesma força. A dor era estranha, diferente. Aquilo o estava deixando tão excitado que parecia que ia explodir. Garo se ajoelhou atrás de Dan, beijando e mordendo onde havia marcado, levantando o quadril dele e o puxando pra si. O cavaleiro branco jogara a cabeça pra trás, a invasão sem nenhuma preparação, era como se estivesse sendo rasgado ao meio. O cavaleiro dourado agarrara seus cabelos novamente, puxando sua cabeça para trás e o beijando.

Ele calou o grito que saía da garganta de Dan, o estocando, o deixando de quatro no chão. Os braços presos na barra de ferro já estavam roxos, machucados e eram forçados para trás. Tsubasa sentiu algo em suas mãos, puxando com força e arrancando um pedaço do casaco de Kouga, um dos enfeites que havia nele. A dor dava lugar ao prazer, ele rebolava de encontro ao colo do mais velho, a ereção já se desmanchando em um jato de sêmen quente. A última coisa que escutara foi a voz de Garo falando seu nome. Sentira retirar a barra de ferro e o abraçar, sendo engolfado pelo nada.

[Your mind in]
Disturbia
It's like the darkness is the light
Disturbia!
Am I scaring you tonight?
[Your mind in]
Disturbia
Ain't used to what you like
Disturbia! Disturbia!

***************************************************************************************************

Rei piscou, querendo saber como ele estava amarrado a um pilar de mármore, o rosto de encontro a pedra fria, uma das mãos presas a pilastra por uma grossa corrente de ferro. Também gostaria de saber onde estavam suas roupas e que diabos de música era aquela? E o que tanto Kouga olhava.

Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum

        - Kouga? - Rei perguntara, surpreso. O namorado estava parado em um canto, segurando algo, alguém. - Tsubasa?

Kouga deixou que Tsubasa ficasse no chão, desacordado, virando para o Rei. O cavaleiro estava com a ereção para fora da calça, o corpo ainda vestido e um olhar sombrio no rosto.

Faded pictures on the wall
It's like they talking to me
Disconnect unknown calls
The phone don't even ring
I gotta get out
or figure this shit out
It's too close for comfort

        - Você, você é o pior de todos, sabia? Sempre com uma resposta afiada, sempre com uma provocação na ponta da língua. Me irrita tanto, que eu tenho vontade de puni-lo de uma forma bem dolorosa. Mas você é incorrigível. - Kouga segurou o rosto do Rei com os dedos, mantendo ele de joelhos e marcando o queixo do cavaleiro. Ele pegou a espada negra, colocando o cabo na boca do Zero, fazendo ele começar a sugá-lo devagar. - Nenhuma punição parece ser o suficiente. O que acha se eu fizer o mesmo em sua bunda? Com suas espadas, de uma única vez?

        - Dupla penetração, Kouga-kun? Acho que poderíamos tentar mais tarde com outra coisa mais interessante, não acha? Temos outros esposos e qualquer um deles ficaria feliz em te ajudar, ou quem sabe… os dois. - Rei falara sorrindo pro Kouga e o vendo se irritar.

It's a thief in the night
to come and grab you
It can creep up inside you
and consume you
A disease of the mind
It can control you
I feel like a monster

Colocou o rosto dele de encontro a sua ereção, empurrando-a pela garganta de Zero. Calaria  aquela boca de uma forma ou de outra. Rei sugava a carne dura com fome, mesmo quase engasgando com a força que ele fodia sua boca. Kouga parecia frio, distante e quente ao mesmo tempo.

Put on your break lights
Were in the city of wonder
Ain't gonna play nice
Watch out you might just go under
Better think twice
Your train of thought will be altered
So if you must faulter be wise

Quando Kouga desferira um tapa em seu rosto, fazendo com que se afastasse, Rei gemeu baixo, a mão de Kouga em seu cabelo, puxando os fios negros, aquilo perdendo o controle aos poucos. Fora puxado para cima, o ruivo atacando sua boca, o beijando com fome e demanda, comandando o que queria, como queria e quando queria. Rei obedecia cada vez mais, se recusando ao mesmo tempo. Era assim com eles, um sim e um não, confuso, único.

Kouga só conseguia pensar no moreno, só conseguia pensar nele, em entrar tão fundo nele que não conseguiria retornar nunca mais. Ele apoiou o corpo contra a pilastra, o virando novamente de frente para ela. Enterrando o rosto nos fios negros, Garo se esfregou por inteiro no amante, perdido no que sentia e somente sentia por ele. Rei sentira o primeiro tapa em suas ancas, com força. Gemendo baixo, o moreno parecia cada vez mais se render, empinando o quadril, recebendo outro tapa, e outro e outro. Ele sabia que merecia ser tratado daquela forma.

Kouga rosnava baixo, puxando o Zero para si, o penetrando de uma única vez, tão seco, tão duro, estocando-o mais e mais enquanto o segurava pelo cabelo. Rei já sabia que seria assim. Como ele podia gostar de ser violentado daquela forma? Parecia que seria rasgado ao meio pelo cavaleiro dourado. Aquilo era mesmo uma punição? O ruivo o beijando, falando seu nome. A dor e o prazer se misturavam.

[Your mind in]
Disturbia
It's like the darkness is the light
Disturbia!
Am I scaring you tonight?
[Your mind in]
Disturbia
Ain't used to what you like
Disturbia! Disturbia!

Zero segurava na pilastra enquanto era estocado, mordido, lambido, violado. Amado. Era tudo junto, era uma mistura de sentimentos, de desejo. Quando Kouga o mordera em seu ombro, sentiu o orgasmo o dominar e ele explodir em um jato quente. A boca do ruivo sugando seu sangue e o beijando foram as últimas coisas que Rei conseguira processar antes de desmaiar, segurando a espada negra que Kouga tinha nas mãos.

***************************************************************************************************

Leo levantou o rosto do chão, as mãos amarradas por uma corda. O moreno conseguiu focar a visão, vendo Rei e Kouga juntos, ouvindo o grito do moreno. Virando o rosto e vendo que Tsubasa estava ali, o monge sabia o que era aquilo. O feitiço. Tentando soerguer o corpo, o monge procurava na escuridão por algo, sentindo que alguém se aproximava. Ele virou, vendo Kouga vir na sua direção tirando o casaco branco que usava com a calça meio aberta e o membro duro para fora dela. Ele era a visão do sexo, sentindo aquilo o afetar. Era isso que Jabi havia dito, o que quer que fosse o que estava acontecendo tinha ligação com sexo. E dor. E de alguma forma, com a música que tocava.

Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum

Zaruba ainda estava em seu dedo, Leo sabia disso. Falava mentalmente com o anel, pedindo para que ele localizasse a fonte de tudo aquilo, vendo a energia fluir e procurar.

        - Leo, Leo. Meu Leo. O que faço com você? Você não era assim, é a influência dos outros, não é? Acho que o tenho deixado demais com Tsubasa e Rei. Não devia deixá-los te influenciarem assim, meu monge. Agora eu tenho que te punir, sabe disso? - Kouga se ajoelhou na frente do Leo, segurando o rosto dele com as duas mãos. - E como você quer ser punido? Hum? Que tal alguma maldição? - Ele falara lambendo devagar o rosto do moreno, o vendo até desviar o olhar.

        - Achei! Leo, a sua esquerda está a fonte. - Leo ouvira a voz de Zaruba na cabeça, virando o rosto para o local apontado e vendo o estranho.

O loiro estava sentado ali, olhando para eles. A energia era clara, ele era um horror. E não era um qualquer, Leo nunca sentira aquela força antes. Mesmo Ganon não se comparava ao que conseguia sentir daquele loiro.  Kouga virou o rosto de Leo para si, o beijando. O moreno começava a ceder para a fantasia, lutando para ficar com a mente no lugar, precisava mudar aquilo ou não sairiam dali. Se afastando do ruivo, Leo dissera com afinco.

        - Kouga-sama, me solte. Por favor. - Ele pedira, vendo a reação do ruivo de estranheza. - Você não quer me punir, Kouga-sama. Nem ao Rei ou ao  Tsubasa. Me solte que eu mostro o que deseja.

Release me from this curse
I'm in trying to remain tame
But I'm struggling
You can't go, oh, oh, oh, oh, oh
I think I'm gonna ah, ah, ah

Kouga sorriu, puxando as cordas que prendiam os braços do Leo, sem o soltar.

        - Ainda não, primeiro eu vou pensar em um jeito de te punir. - Garo disse, empurrando o moreno contra o chão, o deixando de quatro e o segurando daquela forma.

Leo tentava se soltar, o monge sentindo o primeiro tapa em sua anca, sem esboçar nenhum som. Ele sabia que precisava sair dali ou teria sido tudo em vão. O pensamento fora retirado de sua cabeça quando sentiu a primeira estocada.

O grito de dor fora involuntário, as lágrimas escorrendo pelo rosto do monge, devagar. Kouga parou, vendo o moreno chorar, saindo dele e começando a beijar as ancas de Leo, a lamber o rego e curvatura de sua bunda.

Put on your break lights
Were in the city of wonder
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Better think twice
Your train of thought will be altered
So if you must faulter be wise

Leo sentia o corpo pegar fogo, era mais forte do que ele, começando a gemer devagar. Kouga voltara a invadi-lo, devagar agora. O monge apoiava o corpo no chão com sua cabeça, sendo comido de quatro. Era obsceno e indecente, imoral. Ele falava o nome do namorado como se em uma prece. Garo puxara a corda que o prendia, o soltando. Virando ele pra si e o beijando, o cavaleiro dourado pareceu se perder nos braços do moreno, gozando dentro dele e caindo sobre seu corpo.

[Your mind in]
Disturbia
It's like the darkness is the light
Disturbia!
Am I scaring you tonight?
[Your mind in]
Disturbia
Ain't used to what you like
Disturbia! Disturbia!
Bum bum be-dum (bum bum be-dum bum)
Bum bum be-dum (bum bum be-dum bum)
(Ohhhhh...)

Leo segurara o ruivo, o vendo começar a perder a consciência com o brilho de seus olhos se apagando.

        - Leo, agora! - Zabura dissera.

Leo percebeu que aquilo estava acabando, que eles sairiam daquela realidade, virando e indo na direção do estranho. O horror se assustara quando o monge conseguiu segurar firme em seu pescoço, a corrente que ele trazia ali sendo puxada e arrancada, tudo sumindo no meio das trevas.

***************************************************************************************************

Kouga abriu os olhos, sentando na cama. O cavaleiro estava com a calça aberta, sua genitália estava exposta, ainda úmida e melada pelo sêmen. O que fora aquele sonho? Fora um sonho mesmo? Ele olhou para Shiruba.

        - Eu não acredito que tenha sido um sonho, Kouga. - ela não quis dar muitos detalhes.

Garo levantou e foi até o banheiro, precisava de um banho, precisava sair e ver os outros cavaleiros. Tsubasa conseguiu sentar, a dor pelo corpo todo era incrível. Ele estava suado, sentia que estava todo melado, principalmente em partes que não deveriam estar. A não ser que aquele sonho...

        - Aquilo não foi um sonho, Tsubasa. Você realmente vivenciou o que aconteceu. - Eruba disse, sem querer entrar em detalhes.

Tsubasa respirou fundo, usando do que tinha de forças para sumir e voltar para a casa do Rei, encontrando o Zero na porta. Ele parecia também sentir dor e carregava uma espada negra e estranha nas mãos. Rei também parecia todo marcado, suado e melado, virando para ver direito como Dan estava.

        - Eu te vi no meu sonho, com Kouga. E ele tinha… - Rei começara a falar, parando de repente. - Não foi um sonho.

        - Não, foi o feitiço. Vocês foram levados para uma realidade paralela. O que está acontecendo tem relação com o que vivenciaram lá. - Goruba falara.

        - O que aconteceu lá é que temos a fantasia de ser violentado pelo Kouga? - Zero entrou, olhando o Leo que estava sentado com Jabi o ajudando.

Rin virou para o irmão, indo até ele e o ajudando a andar, com Rekka ajudando o Rei.

        - Não, isso não são nossas fantasias. - Leo dissera, mostrando a corrente que tinha nas mãos. - Mas tem a ver com sexo e controle.

Tsubasa lembrou, abrindo a mão e um dos enfeites do casaco de Kouga estava ali, virando para os outros.

        - Sexo e controle? - Tsubasa perguntara para o Leo.

        - Sim, consegui localizar a energia de quem está fazendo tudo isso. - Ele dissera.

        - Quem? - Tsubasa e Rei perguntaram juntos.

        - É com certeza um horror e não é um dos fracos. Nem Ganon emitiu uma energia como aquela. Agora, eu preciso pesquisar. Vou descobrir quem ele é e o que deseja. - Leo falara, olhando para os outros cavaleiros.

        - O que eu acho é que Kouga não deve saber de nada até termos certeza do que está acontecendo. - Rei falara, cruzando os braços. - Principalmente sobre esse sonho.

Os outros olharam para ele, entendendo o que queria dizer e apenas concordando.

        - Então, melhor tomar um banho e trocar essa roupa. - Jabi disse, ajudando o Leo a levantar.

Rekka ajudou Tsubasa a andar, levando o cavaleiro para o andar de cima, assim como Jabi fazia com o Leo. Rin sorriu para o Rei, o pegando pelo braço e o levando atrás dos outros.

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Sheloh bateu a mão na parede, a destruindo. Maldito monge. Ele olhou para onde estava o colar que usava com seu nome e que Leo havia arrancado.

        - Mestre, acalme-se. Mesmo que o monge descubra algo, já é tarde demais. Krios lutou com Garo hoje e ele conseguiu afetar dois humanos. Nada que eles fizerem agora mudará o que está para acontecer. - River falara, ficando longe do horror.

        - Pois eu ia poupar esses idiotas da verdade, River, mas eles garantiram o contrário. Será o primeiro trabalho do meu futuro cavaleiro dourado. - Sheloh respondera, se recompondo.

        - Sim, mestre e ainda temos o monge madou. - A mulher sorriu.

Sheloh respirou fundo, na realidade tudo aquilo tinha servido para que ele soubesse como Kouga seria quando estivesse em suas mãos. Perfeito.

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Kouga entrou na sala, ouvindo vozes vinda na cozinha. Ele encontrou os cavaleiros e as sacerdotisas conversando.

        - Kouga! - Rin dissera, vindo até ele e o abraçando.

        - Kouga-sama, chegou no horário. - Leo dissera, terminando de colocar o macarrão no fogo.
Rei e Tsubasa sorriram para o ruivo. Pareciam bem, estava tudo bem. No final aquilo tinha sido apenas um sonho. Rin se afastara, voltando a sentar perto do Zero, a  moça rindo das brincadeiras que o cavaleiro prateado fazia enquanto Dan olhava feio, brincando junto. Jabi ficara olhando para o Kouga, vendo a expressão dele passar do desespero para o alívio. O cavaleiro parecia tão cansado, esgotado. Precisava resolver aquilo, precisava proteger o amigo que tanto amava.

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Continua.

Notas: O comportamento tarado e fujoshi da Jabi, Rekka e Rin foi uma brincadeira por elas representarem tanto eu quanto a Su e mais uma outra amiga, a Evil. Já comentei antes sobre o quanto as três sacerdotisas assumem nossas identidades para expressar nossos desejos e pensamentos insanos. Espero que não liguem dessas pequenas liberdades que fazemos para curtir um pouco de fanservice.





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