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Doce sonho (ou um lindo pesadelo)

Capítulo 8 - It's not over

Kouga estava sentado e conversando com a Jabi, a sacerdotisa  distraindo o cavaleiro enquanto  Rin e Rekka auxiliavam Leo em terminar de explicar o que tinha acontecido e ver outras coisas neles. A jovem sacerdotisa olhava o machucado no Rei, ajudando a terminar de fechá-lo enquanto Rekka terminava com Tsubasa.
            - E por isso não tinha nenhum machucado naquela realidade, Leo? - Rei perguntara, relaxando com o toque suave da moça em seu ombro.
            - Sim, porque Kouga não sabia que fomos feridos, então a visão que ele tinha era essa. Ele nos viu como achava que estávamos. - O monge apoiou o rosto na mão.
            - Pronto, Rei-san, novinho em folha. - Rin colocou o pincel madou no colo.
Rei sorriu vendo o bom trabalho da sacerdotisa, segurando o rosto dela com as duas mãos e dando um selinho, a deixando vermelha.
            - Obrigado, Rin-chan. - Zero pegou a camisa, saindo. - Vou até Kouga antes que ele venha atrás de nós.
Rin sorrira, passando a mão na boca, pegando o pincel e levantando.
            - Vou ver se Kouga precisa de algum tratamento! - indo feliz  atrás do Rei.

           - E você conseguiu comprovar sua dúvida, Leo? - Rekka perguntara, terminando com Tsubasa. - Pronto.
            - Sim, quando o feitiço levou Rei para lá, tudo perdeu o controle, o nosso feitiço, o poder do Horror, até mesmo Kouga. O que quer que seja, usa Rei e o relacionamento deles, de alguma forma. - Leo completara.
Tsubasa agradecera a sacerdotisa, colocando a blusa e o casaco, o cavaleiro com a rosto fechado, pensativo.
            - Tsubasa-san, você retornará com Jabi-san e sua irmã, não é? - Leo perguntou vendo a afirmativa do cavaleiro. - Eu terei de me ausentar também, terei de ir ao Senado para pesquisar esse Horror.
            - Eu gostaria que fosse diferente, Leo. Não me agrada nem um pouco isso. - Tsubasa falara
            - Também gostaria, mas precisamos seguir com o nosso dever. - Leo levantou, colocando a mão no ombro do cavaleiro, sorrindo.
Os dois ouviram os gritos vindo da sala, indo ver o que acontecia. Chegando lá Kouga estava olhando para uma Jabi que não parava de rir, uma envergonhada Rin e um perplexo Rei.
            - O que aconteceu? - Rekka entrara, perguntando para a sacerdotisa mais velha
            - Rin estava vendo aquilo e disse que a moça ali lembrava o Rei andando.  - Jabi mostrou a TV que estava jogada na sala e que passava um desfile de moda.
            - Mas parece. - Rin disse, revoltada.
            - E o  Kouga disse que iria chamá-lo a partir de agora de minha Gisele*. Olha que fofo! - Jabi pulava, feliz.
Leo sorrira, olhando para a cara mortificada do Rei, sabendo que era porque ele tinha gostado do apelido, na realidade. Tsubasa cruzara os braços, achando aquilo um absurdo e fazendo bico.
            - Ohhh vai ter de arrumar apelido para todos! Pronto Kouga, não precisa mais chamar de primeira esposa, segunda esposa, terceira esposa. Só arrumar uns apelidos fofos! - Jabi ria, acompanhada da Rekka, as duas sacerdotisas até perdendo o fôlego.
            - Gisele é a primeira esposa, pelo visto. - Rekka falara, olhando para eles. - Mas acho bom arrumar logo o apelido da segunda que ele está meio bravo. - Falando do Tsubasa que saíra da sala, pisando duro.
Kouga respirou fundo, indo atrás do Tsubasa e sendo seguido pelo Rei. Jabi parara de dar risada, olhando sério para o Leo.
            - Leo, conversei com Kouga e ele me contou o que lembrava do “sonho” de ontem. E como nós suspeitávamos, a Shiruba não estava com ele. Você foi o único que conseguiu levar seu objeto junto.
            - Preciso começar essa pesquisa imediatamente, não posso esperar mais. - O monge suspirou, não querendo realmente se ausentar tanto tempo.
            - E nós temos de ir, preciso voltar a Kantai e Rekka se encontrará com Shiguto. Precisamos continuar com os nossos deveres, Leo. - Jabi dissera, também não gostando muito daquilo.
Leo fez um sim, indo atrás dos cavaleiros, encontrando Kouga com um Tsubasa pendurado no pescoço e Rei rindo deles. O cavaleiro dourado sorria para o Zero, mantendo Dan entre os braços.
            - Chegou o último que faltava. - Rei dissera, chamando Leo para perto, abraçando a cintura do monge. - Nossa família feliz, né Kouga-kun?
            - Sim. - Kouga respondera, com aquele jeito sem paciência de sempre.
            - Kouga-sama, sobre isso… - Leo começou a falar olhando para o chão quando o ruivo virou para ele. - Eu preciso ir até o Senado para uma pesquisa. Acredito que demorará pelo menos alguns dias.
            - Dias? - Rei perguntou antes do Kouga
            - Sim e Tsubasa também está voltando para Kantai hoje. - O monge sorriu vendo o bico no Dan.
            - E acho que demorarei, duvido que a Sacerdotisa Garai conseguirá outra permissão tão cedo para voltar aqui. - Tsubasa escondeu o rosto no peito do Kouga.
            - Se é o que precisam fazer, então não há o que dizer. - Garo disse para os dois cavaleiros. - Estaremos aqui, esperando. Só tomem cuidado.
            - Está bem. - Dan e Lord falaram ao mesmo tempo, sorrindo para o mais velho.
Kouga soltou Tsubasa, dando um beijo longo nele, voltando para o  Leo e hesitando em tirá-lo dos braços do Rei, mas o beijando também, saindo. Zero havia chamado o monge para seus braços, deveria querer alguns momentos a sós com ele.
Leo observou o Garo sair, balançando a cabeça. O monge virou  para o Rei. achando estranha a expressão que ele tinha no rosto. Ele parecia preocupado. Não, ele parecia assustado.
            - Rei-san, o que foi? - O monge perguntou vendo o cavaleiro balançar a cabeça.
            - Nada, nada. - Sorrindo e assumindo a máscara de sempre, Rei deu um selo no Leo, um leve roçar sobre seus lábios. Ele virou e deu um tapa na bunda de Tsubasa, leve e sonoro. - Boa viagem e voltem logo.
Tsubasa trocara um olhar com Leo, percebendo o que Rei fizera. Os dois suspiraram ao mesmo tempo, não havia muito o que se falar naquele momento, mas chegaria a hora em que Zero não teria como escapar. Quando chegaram na sala, as sacerdotisas já estavam prontas e Kouga aguardava na porta. O monge sentia uma angústia enorme em ter de partir, mas não podia demonstrar ou não conseguiria fazer o que precisava. Ele sorriu, se despedindo das mulheres, dando o último olhar para aquele que era sua alma e força. Garo apenas fez um sim vendo o moreno desaparecer.
Rekka passou por Kouga, calada e séria como sempre, sem falar nada. Um de seus peixes surgindo e indo até o cavaleiro,  entrando em sua capa enquanto a sacerdotisa desaparecia.
            - Kouga, se acontecer qualquer coisa nos avise. - Jabi dissera, esperando Tsubasa e Rin.
Rin curvou o corpo diante o Rei, sendo abraçada pelo cavaleiro moreno e ganhando um beijo no rosto.
            - Volte logo, Rin-chan. - Rei apertou o nariz da moça. - E tome conta do bebezinho.
            - Pode deixar! Tsubasa ficará bem protegido. Tchau, Kouga! - ela disse, pulando no ruivo e o beijando no rosto. - Quando voltar, avisa o Gonza que quero pudim!
Kouga sorriu, passando a mão pelo cabelo da menina, concordando e se virando para o Tsubasa.
            - Comporte-se e volte logo. - O ruivo viu o rosto de Tsubasa ficar vermelho e apenas concordar com ele.
O grupo seguiu pela rua, sumindo assim que possível. Kouga sentiu um vazio em si, uma saudade estranha e boa. Ele virou para o Rei, indo falar algo quando o moreno também foi na direção da rua.
            - Bom, trabalhar. Até mais tarde, Kouga-kun. - Zero desapareceu.
Kouga ficou olhando para o lugar vazio onde o moreno estava. Aquela dor no peito seria o seu coração partindo? Ele fechou a porta da casa, sumindo também e indo ver o que tinha para ser feito. Rei surgira em um ponto afastado, as mãos tremendo. Sentira o aroma do Garo e parecia que ia surtar, perder o controle ali na rua mesmo. Precisava fugir, precisava sair de perto dele. Não tinha como ficar sozinho com o ruivo, não sem se arrepender de seus atos. Como ele evitaria o outro pelo tempo necessário até Leo ou Tsubasa retornarem?
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Rei puxou Kouga para o banheiro, o moreno andando devagar na frente do amante, seu quadril seguindo um ritmo próprio, sensual. Kouga adorava ver Zero andar, ele não conseguia desviar o olhar daquelas ancas. O ruivo parou no batente da porta, só observando cada movimento que o moreno fazia.
Rei abrira o registro, a água caindo pelo chuveiro, a deixando esquentar. O gemido escapara de seus lábios quando braços envolveram sua cintura e sua pele se arrepiou quando tocou na do namorado. Kouga fazia sexo da mesma forma com que lutava, com força, comandando, ordenando. Exigente, possessivo. Perfeito. Ele fazia com que Zero se submetesse com prazer ao que queria, ao que mandava. As mãos firmes do cavaleiro dourado no seu quadril, a boca quente e faminta no seu pescoço, subindo, virando o rosto pra si. O beijo era o campo em que lutavam agora, as línguas suas armas. E até nisso Garo ganhava com facilidade.
Ele fora conduzido para debaixo da água quente, gemendo e já implorando por mais, rebolando de encontro ao baixo-ventre do ruivo, sugestivo, lascivo. Rei jogara a cabeça para trás, apoiando as mãos na parede gelada, dando espaço para que Kouga o explorasse, o mais velho descendo pela coluna do amante, passando a ponta da língua por sua espinha ate a base de suas costas. Zero  soltara um grito baixo, o que ele estava fazendo? Kouga havia segurado suas ancas, as separando e enfiado o rosto em seu rego. Sentia seu nariz subindo devagar pela abertura, a respiração na pele sensível… o que ele estava fazendo?
O primeiro beijo fizera seu corpo inteiro arrepiar. Quando sentiu a invasão em sua entrada pela língua úmida do Garo, Rei perdera as forças nas pernas, quase desabando. Seu peso fora sustentado pelas mãos fortes que o seguravam pelas ancas. Em seu passado houvera sexo, apenas isso.Ninguém havia feito aquilo antes, Zero nunca permitira que fizessem algo assim com ele, o moreno não conseguira se  entregar assim com os amantes que passaram em sua vida. Ele nunca confiara neles para que isso acontecesse. Agora, o que  Kouga lhe fazia era mais, muito mais do que tudo..
Era depravado e sublime, ser comido pela boca e língua daquele homem, era tudo o que Rei procurara na vida. Ele gemia o nome do Kouga, rebolando, se entregando e se rendendo. Kouga se afastou, virando o moreno de frente para si e engolindo o sexo duro dele. Sabia que o namorado estava a beira de se perder no êxtase, sabia que faltava pouco para ele gozar e desabar. Ele sugava, usando seus dedos para continuar o trabalho que sua língua fizera antes, comendo Rei com eles, encontrando o ponto certo.
Zero gritara rouco, o corpo tomado por espasmos, se desmanchando em um jato quente na boca de Kouga, escorregando pela parede. A melhor das mortes, ele pensara. Ele esticou a mão até o rosto do ruivo, os olhos se abrindo e se vendo sozinho na cama. Sonho, era a terceira vez que sonhava com Garo e aquele primeiro dia em sua casa, em seu banheiro. Rei sentara na cama, os olhos completamente dilatados, a pele em chamas. Dois dias conseguira evitar encontrar com o cavaleiro dourado, dois dias sem o toque dele, sem a presença dele.
Chegara ao ponto máximo e não conseguia raciocinar, não conseguia respirar sem sentir o cheiro dele. Levantando e pegando o casaco, Rei não escutava nem Shiruba que o chamava, não via nada, não pensava em nada. Precisava de Kouga. Agora. Ele seguiu o cheiro, andando pela cidade. Parecia transtornado, as pessoas desviam de seu caminho. Sabia onde Kouga estava, usou Shiruba e abriu a entrada para o Senado, nem ligando para quem o olhava passar.
Kouga estava de costas e falava com a Grace, ele mal conseguira virar quando Rei o pegara, puxando o seu braço com força. Segurando o cabelo ruivo com a mão e fazendo ele encurvar o corpo, Zero iniciara o beijo, rosnando baixo de encontro a boca dele.
Grace ficara em choque, aquilo era inadmissível. Zero forçava o beijo, o sangue escorrendo pelo canto do rosto do Garo, o deixando de joelhos. Ele viu o cavaleiro moreno se afastar e pegar o rosto do Kouga, o levando até seu baixo-ventre, o esfregando ali.
            - O que isso significa? - A guardiã falara, já sem suportar tamanho abuso.
Rei sorrira, nem respondendo. A única coisa que importava era Kouga e seu cheiro, era o ruivo e sua boca no seu sexo, no seu corpo. Era o sangue doce do cavaleiro dourado escorrendo devagar por sua garganta, saciando sua sede e sua fome.
            - Zero! Exijo que pare e se explique, agora! - Ela usara de um tom mais forte, vendo o moreno virar em sua direção, os olhos vítreos e dilatados.
            - Eu sei que gostaria de ter isso para você, de poder colocar Kouga de joelhos para que ele a chupasse inteira, mas não é o que acontecerá. Nem hoje, nem nunca. Ele é meu e eu faço o que desejar com o que é meu. - Rei dissera, pausadamente.
Grace não sabia o que responder, os olhos arregalados. Ela viu Kouga levantar e segurar o pulso de Rei, o levando dali. Aquela ousadia, aquele… Garo retirou Rei de perto da guardiã antes que ele tivesse a vida totalmente extinta, o arrastando até uma sala vazia. O ruivo virou pro Zero, indo falar algo, mas sendo interrompido por outro beijo, esse ainda mais faminto. Ainda mais selvagem.
Zero empurrou o ruivo de encontro a porta, colocando uma das coxas entre as pernas dele, forçando elas abertas, se esfregando ali com força. O moreno o mordia, puxava sua roupa com força, precisava sentir a pele do Garo. O cavaleiro dourado segurou os pulsos do Rei, o prendendo com uma certa dificuldade, segurando ele firme ali.
            - Rei, o que pensa que está fazendo? O que foi aquilo com a Grace-sama? O que está acontecendo? Pare com isso, agora! - Kouga usou de toda a sua força para manter o moreno preso.
            - Eu quero você! Preciso que você me foda, me coma agora! Não me ama? Então, se me ama, faz o que eu quero. Do jeito que quero, também. Ou vou atrás de  alguém que faça. - Rei falara, sem paciência. - Ou terei de procurar o Leo para ter algo do jeito que quero feito?
Kouga soltou o cavaleiro em choque, ele até parando de respirar. Todas as dúvidas que tinha na cabeça, todos os seus medos, o desespero de ficar sem o Rei, dele o deixar pelo Leo. Não tinha o que falar, não havia outra resposta. Resignado, ele abaixou os braços, tirando a blusa que usava e a deixando cair no chão, permitindo que Rei o beijasse.
Zero sorriu, lambendo os lábios. Ele foi até o ruivo, fazendo o que queria, recebendo o que pedira. Zero fez com que o ruivo o amasse… não, o fodesse com força. Kouga ficou deitado no chão quando tudo terminara, o moreno ao seu lado ainda lambendo do sangue que escorria devagar de uma das mordidas em seu braço. Soerguendo o corpo, Rei puxara o rosto do ruivo para si, o beijando e depois se afastando.
Kouga o viu se vestir devagar, já bem mais calmo. Ele fez o mesmo, sem pensar em nada, sem querer analisar exatamente o que tinha acontecido. Rei também não queria pensar, já nem queria sentir aquela culpa. Já não tinha como lutar contra mesmo, então ele aproveitaria pelo menos.
            - Quero você na minha casa amanhã, Kouga. Quero você lá todos os dias. - Rei falara devagar.
            - E o que fará sobre o que aconteceu aqui, Rei? Com o que falou para a Grace? - Kouga queria saber, ele nem precisava responder sobre o pedido do moreno mesmo.
            - Estou pouco me lixando para o que ela possa fazer ou não. Se não quiser ir, consigo achar quem queira. - Zero dissera, saindo sem esperar a resposta.
            - Kouga… - Zaruba ia começar a falar, sendo interrompido.
            - Agora não, Zaruba. Agora não. - Kouga saiu atrás do moreno, precisava resolver amanhã com a Grace, precisava pensar no que ia fazer. Viu Rei o esperando, seguindo com o moreno.
Shiruba estava quieta, o medalhão não sabia ou tinha o que falar. Queria poder falar com Leo, queria poder avisar um deles sobre o que estava acontecendo.
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Leo passou a mão pelo cabelo escuro, cansado e irritado. Cinco dias de pesquisas e finalmente tinha achado o horror. E em vez de se sentir aliviado, o cavaleiro entrara em um desespero ainda maior. Sheloh, era esse o nome, era considerado o segundo grande horror criado. Nascera junto a Messiah e eram como irmãos. Seu poder era vinculado ao sexo e ao controle. Ele controlava as pessoas, fazendo elas serem sexualmente mais atrativas, hipnotizando e controlando grupos inteiros para alimentar seus horrors.
Seu poder era imensurável e nunca havia perdido para nenhum cavaleiro makai. O que ele queria com Kouga? O que ele estava tramando? O monge precisava falar com Jabi e Tsubasa, precisavam agir e urgente. Tinha um mau pressentimento daquilo tudo. Ele teria de ir direto a Kantai, queria tanto ir primeiro ver como Garo e Rei estavam. Ouvira algumas coisas pelo Senado, pessoas falando sobre Zero, mas não tinha como verificar isso agora. Ele pegou suas coisas e tudo que havia descoberto, saindo da biblioteca. Esperava chegar e voltar antes do anoitecer.
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Fora difícil convencer a guardiã que Zero estava sendo controlado, fora difícil fazer com que ela não ordenasse uma punição ao cavaleiro prateado, mas Kouga conseguira. Grace havia dado apenas uma suspensão para ele, nem decidira retirar alguns anos de sua vida junto, deixando para lá aquele episódio. Como se isso fizesse diferença para o Rei.
Era uma rotina agora, Rei o evitava até de noite, quando ele exigia a presença do cavaleiro dourado em sua casa. Nem sabia como chamar aquela relação, eles não faziam nada além de sexo. Cada vez mais bruto, selvagem. Zero se deitava com Kouga, eles fodiam quase a noite toda e o moreno se afastava depois. Empurrando o prato de comida que Gonza havia feito sem nem sequer tocar nele, Garo levantara e já se dirigia a porta, indo para a casa do Rei.
Gonza viu o cavaleiro sair, querendo fazer algo, dizer algo. Queria saber o que acontecia e o motivo da tristeza de Kouga. Queria saber onde estavam os outros três cavaleiros. Rei estava sentado, Shiruba falava há horas com ele, tentando acalmar e controlar o cavaleiro prateado, sem conseguir. Ele sentiu que Garo se aproximava, levantando e indo até a porta. Tinha algo de errado naquele dia, uma sensação estranha que estavam sendo observados.
Kouga surgira no fim da rua, como sempre fazia e caminhava em direção à casa do moreno. A mulher surgira ali, do nada, bem na frente do cavaleiro dourado. O longo cabelo ruivo caía em cachos até o meio das costas, ela usava um vestido negro longo e aberto dos lados, com um corset vermelho sangue marcando a cintura. Garo sabia o que aquela estranha era, puxando a espada para se defender, arrancando uma gargalhada sonora dela.
            - Kouga Saejima, você não tem nem forças para ficar de pé, quanto mais se defender. Está na hora de ir. - A estranha falou, em cada mão dela uma bola de energia surgindo com ela as jogando sobre o cavaleiro dourado e vendo ele bloqueá-las e ser jogado longe.
Rei já estava ali atacando a estranha, a vendo se esquivar com facilidade. Um movimento a sua esquerda, fora a única coisa que conseguira ver antes de ser jogado contra o chão, afundando o concreto. O loiro que o atacava era rápido e forte, muito forte. Era um horror, mas Zero nunca vira um desse tipo, um desse nível. Tentando se levantar, ele viu Kouga chamar sua armadura e gritar. O Garo caiu no chão com o corpo tomado por espasmos.
            - KOUGA! - Zero foi acertado de novo pelo estranho, vendo a ruiva pegar o Garo e o  segurar pelo cabelo.- FIQUE LONGE DELE! KOUGA!
            - Tanto desespero, tanto amor. Não adianta tentar mudar tudo que já fez de errado agora, Rei Suzumura. Seus atos e suas decisões o levaram ao momento em que está agora. E eu devo tudo a você. - O loiro ficou na frente do cavaleiro, o segurando  no chão com o pé.
            - Não sei do que está falando, seu desgraçado, mas deixa o Kouga em paz! - O moreno falou, tentando se levantar. A força dele, deuses. Rei parecia que estava sendo esmagado.
            - Não sabe? Preciso refrescar sua memória, pelo visto. Você começou errando no momento em que decidiu dividir o homem que amava e não admitia. Foi sua idéia envolver os outros dois cavaleiros, você achou que seria mais fácil assim não é? Pena que não, cavaleiro. Garo só fez o que pediu porque achava que era isso que você queria. Não é irônico? Ele teria ficado só com você, esse tempo todo sem Dan, sem o monge. O mais delicioso era que seu lindo cavaleiro dourado acha que você gosta do Leo, que é ele quem você ama. E eu vi você errar e errar e errar, Zero. E esperei o momento certo. - Sheloh se divertia com a expressão no rosto do cavaleiro prateado.
            - Como você pode saber disso tudo? Não passa de um horror, não sabe nada sobre Kouga ou eu. Não sabe nada sobre cavaleiros. - Rei falara.
            - Mas eu sei, eu sei tudo. Existe um feitiço no seu cavaleiro dourado e eu que coloquei. Se lembra da noite em que resolvera testá-lo, saber se ele gostava de uma brincadeira mais quente entre dois rapazes? Você levou um horror para um determinado clube junto do Garo. Eu estava procurando um meio de me aproximar dele, precisava de uma forma para conseguir colocá-lo sobre o meu poder e você faz isso de bandeja pra mim. Você o trouxe diretamente pra mim. - Sheloh se aproximou do moreno, observando a reação dele.
Rei parara, olhando direito para o loiro. Era o mesmo que havia beijado o Kouga naquela casa noturna GLS, o momento em que ele beijara o cavaleiro e passara as mãos até…
            - Ah vejo que se lembrou do que fiz. Delicioso. Eu pude colocar as mãos no ponto perfeito para o feitiço entrar no corpo de Garo e fazer o efeito desejado. Sabe, meu poder lida com sexo e controle. Eu uso um receptáculo que recebe esse meu feitiço e ele passa a emitir um feromônio, o cheiro que você mais ama, seja ele qual for, é o que sentirá. E esse cheiro primeiro o deixará meio vidrado e depois despertará dentro do seu íntimo os instintos mais primitivos. Soou familiar? Não, você não estava enlouquecendo, estava sob o efeito do feitiço. E eu o deixei ainda mais especial, sabia? Porque quero esse cavaleiro. Garo é o ponto que fará com que vocês percam tudo. Sem ele ao lado dos cavaleiros e aos meus pés, como meu escravo, nada conseguirá me deter. Então, eu mudei meu feitiço com a ajuda de um amigo em comum. Além dele fazer tudo isso que expliquei, quanto mais vocês transavam, mais fraco ele ficava. Quanto mais você o forçava, quanto mais você o violentava, Zero, mais fraco e cansado ele ficava. Veja, agora ele nem consegue chamar sua armadura e tudo por sua causa.
            - CALA A BOCA! - Rei gritara, não querendo mais ouvir nada.
            - Até mesmo essa emboscada é culpa sua. Você nunca quis ir na casa dele, não é? Ah que lembra a casa da minha amada morta. Ah que ele tem dinheiro e eu não. Estúpido. Você é um idiota. Nunca admitirá que o ama, não é mesmo? Trouxe os outros dois cavaleiros para impedir que isso acontecesse, impedir de ser obrigado a admitir o quanto o ama. Você fez com que Kouga gostasse dos outros, você fez com que ele saísse da segurança da mansão, cheia de proteções contra qualquer tipo de ataque. Você me entregou o Garo de mãos beijadas. Se não tivesse colocado Dan e Lord no relacionamento, talvez ele ainda pudesse lutar agora. Talvez eu não teria ganhado com toda a facilidade. Talvez, talvez, tantos talvezes, mas você o fez. E vou te dizer um segredo antes de te matar, cavaleiro. Algo que eu sei e você não tinha visto. Kouga o ama tanto, tanto que ele se sujeitou a seguir cada capricho seu. Ele ficou com os outros cavaleiros, ele ficou calado enquanto via você se esfregar e se abrir para os outros e só o rejeitar. Ele engoliu até o que fez naquela casa abandonada. Estupro em muitos lugares é crime inafiançável e ele o perdoou. Sabe o que é amar dessa forma? Pois ele o ama. - Sheloh inclinou a cabeça.
Rei foi ouvindo, sentindo que ia explodir, sentindo que ia morrer e que merecia isso. Kouga o amava, como podia? Ele tentou levantar novamente, vendo a estranha ainda segurar o ruivo que parecia respirar cada vez mais devagar.
            - Kouga.. Kouga! - Zero tentou fazer com que ele acordasse.
            - Agora é tarde, Rei, muito tarde. Poderia ter sido tão diferente, não é? Mas a culpa não é só sua, alguém deixou essas dúvidas em você e deve ter sido a mesma que fez a cabeça de Garo, você não tem ideia das incertezas que ele tem na cabeça. Que você ama o monge, que você gosta de comer o Dan, que você gosta de usá-lo. E o irônico é a força do amor de ambos. Oh eu sei que você o ama, nem preciso de feitiço para ver isso, apesar de ser tão idiota e não admitir. O bom é que poderá pensar em uma nova chance, talvez se renascer ou quem sabe no plano espiritual. - O horror disse por fim.
Sheloh se afastou, a energia negra se formando na sua mão. Onde tocava, ela fazia com que sumisse, como se o local fosse apagado. Nem pó ela deixava, consumia tudo. Rei fechou os olhos, preparado para morrer. O horror deu um passo para trás, o Bo surgindo ali entre Zero e ele, vendo Dan aparecer.
            - REI! - Tsubasa gritara com Leo e Jabi logo atrás.
Sheloh deu de ombros, não queria mais perder tempo ali. Indo até a River, o horror pegou Kouga e o jogou sobre os ombros, desaparecendo.
            - NÃO! KOUGA!!!!!!!!!!!!!!!!!! - Rei levantou com dificuldades.
Era em vão, já não tinha o que ser feito. Kouga havia sido levado. E tudo era culpa dele.
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Sheloh chegou no lugar preparado para receber ao cavaleiro dourado, jogando ele de encontro ao chão, o horror virou para a figura que estava nas trevas, apontando o Garo.
            - Pode começar. - O horror saiu sem olhar para trás.
Sigma saiu das sombras e sorrindo para o Garo, lambendo os lábios. Teria bons momentos com o maldito cavaleiro que roubara seu irmão. Ele foi até o ruivo, o arrastando pelo cabelo até o lugar correto, tirando o casaco que ele usava e a blusa, prendendo os braços e pernas dele firmes com correntes criadas especialmente para isso.
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Rei não conseguia acreditar no que tinha acontecido. Era um tipo de pesadelo, só podia. Leo cuidava de seus ferimentos, pelo menos três costelas estavam quebradas, ele ouviu o monge dizer. Jabi o olhava de braços cruzados, alguma coisa dizia que eles tinha escutado tudo.
            - O que aconteceu, Rei? - Tsubasa finalmente perguntara.
            - O que vocês chegaram a ouvir? - Rei perguntou, hesitante.
            - Que você foi o culpado de tudo que aconteceu, entre outras coisas. - Jabi falara, seca.
Rei cobriu o rosto com as mãos, vendo Leo as retirar e o olhar firme.
            - Rei-san, chega. Diga o que realmente aconteceu. - O monge disse firme.
Rei respirou fundo, contando tudo desde o início. A conversa com a Kaoru, quando ele descobrira o motivo pelo qual ela tinha se separado de Kouga, a moça falando que duvidava que o Garo conseguisse sentir realmente alguma coisa por alguém além dele, que Rei poderia tentar, mas era impossível que aquele relacionamento desse certo. As dúvidas que ele tinha, a casa noturna, o encontro com o horror, tudo que acontecera depois. Cada vez que ele perdia o controle, tudo o que ele fizera na casa abandonada durante a caçada. Zero não parou, não mudou uma letra, falou tudo o que fizera de estúpido, inclusive o acordo entre eles. Tsubasa e Leo ficaram olhando para o cavaleiro prateado, os dois parados. Jabi balançou a cabeça, a sacerdotisa virando para o Tsubasa.
            - Me empresta o Goruba por uns momentos, Tsu? Preciso dele para usar as vias makai. - Jabi viu o moreno lhe dar o bracelete. - Obrigada.
            - Jabi, onde vai? - Tsubasa olhou para a morena.
            - Falar com alguém, resolver umas coisas. Vocês precisam desse tempo, sozinhos e eu preciso procurar algo para espancar sem ser o Rei. - Ela disse, saindo.
            - Eu bem que merecia. - Rei falara baixo, o rosto virando pelo tapa, ele segurando o lugar e olhando o Tsubasa com surpresa.
            - Cala a boca, Rei. Você fala demais, fala muita bobagem. Quer saber de uma coisa? Eu e Leo sempre soubemos que Kouga o amava, sempre soubemos que ele teria escolhido você sozinho. E eu achava que você tinha feito isso porque realmente gostava também de nós, não porque é um babaca de marca maior. - Tsubasa estava  com tanta raiva, falava com os punhos fechados.- Tem ideia do que é saber que na realidade foi por se achar inferior que fez tudo isso? Sabe como me sinto com isso? Usado. Sujo. Foi divertido brincar com a gente?
            - Eu gosto de vocês, isso não é mentira. Pode ter começado assim, mas não é a forma que me sinto agora, Tsubasa. - Rei se levantando. - Nunca menti para vocês, nunca. Nunca levei nenhum de vocês pra minha cama porque estava seguindo um jogo. Aconteceu! Foi real. Acreditem em mim.
            - E o que sente por Kouga é real, Rei? Você consegue admitir isso? Consegue entender o que fez por causa disso? - Tsubasa disparara.
Rei deu a volta, indo até a parede e a socando, gritando. Sentiu Leo ao seu lado o puxando e fazendo com ele os encarasse.
            - Sem fugas, sem pensar. Você gosta de nós? - Leo viu o moreno concordar. - Tudo bem. O que você sente pelo Kouga, Rei? - Leo perguntou. - Foi um jogo tudo isso?
Rei tentava escapar, Tsubasa vindo do outro lado, o cavaleiro ficando acuado contra a parede, os dois encarando o moreno, ele simplesmente se rendendo.
            - Eu o amo! Eu o amo, o amo mais do que tudo, mais que a mim mesmo. Amo cada coisa nele, a forma que fala quase nada, que quase nunca sorri. Eu amo o Kouga! - Rei gritou, caindo de joelhos.
            - Então se o ama, para de sentir pena de si mesmo, para de procurar coisas que não acontecerão e lute por ele! Como eu e Leo fazemos. Ele não é a Shizuka, não é castigo nem repetição cármica na porra da sua vida! - Tsubasa gritou, batendo com a mão na parede. - Lute conosco, lute… por nós também.
Rei levantou, abraçando o cavaleiro branco, o deixando preso em seus braços. Queria pedir desculpas pelas merdas feitas, pelas idiotices aprontadas. Queria não ter envolvido eles naquela merda. Sentiu os braços de Leo os envolver, os três ficando daquela forma por algum tempo.
            - Precisamos achar Kouga e salvá-lo. - Rei sussurrou. - Preciso falar pra ele, ele precisa saber que o amo.
            - Vamos fazer isso, Rei. Acredite, nem que pra isso eu perca a minha vida. - Tsubasa falara.
            - Não! Nenhum de vocês, precisam me prometer, nenhum de vocês tentará alguma idiotice desse jeito. - Rei falou desesperado.
            - Se você fizer o mesmo. - Leo acertou em cheio. - Porque é bem você aprontar algo assim, Rei-san. Nós salvaremos Kouga, nosso Kouga. Custe o que custar.
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Jabi achara a casa facilmente, sabia que Kaoru estava morando na Itália já há algum tempo. Ela entrou na casa, vendo os quadros e gravuras. Fora fácil chegar ali com a ajuda de Goruba abrindo as vias makai para que passasse e atravessasse a distância entre os países.
            - Jabi-san? - a voz da garota ecoara, fazendo a sacerdotisa se virar. - Aconteceu algo?
O primeiro impulso era o de estapeá-la, o segundo de simplesmente fazer com que desaparecesse, mas Jabi decidiu seguir o caminho civilizado primeiro.
            - Kouga foi raptado e aconteceram várias coisas juntos. E preciso falar sobre um assunto com você. Sobre Kouga e Rei. - Jabi viu a expressão de culpada da outra. - Então, é verdade? Você colocou aquelas bobagens na cabeça deles?
            - Eu não me orgulho, estava magoada e ferida. Eu estava apaixonada por Kouga e ele estava na minha frente, dizendo que amava o Rei. Não pensei nas consequências, somente que queria machucá-los. - Kaoru virou o rosto.
            - E por isso colocou na cabeça do Kouga que Rei nunca iria amá-lo e na do Rei a mesma coisa com Kouga? - Jabi estava cada vez mais furiosa.
            - Não só isso. Kouga nunca teria um relacionamento se não mudasse. Tudo tinha que ser do jeito dele, da forma que ele queria e não é assim que funciona. E Rei nunca iria se submeter a ele, então era melhor já se preparar para ficar sozinho ou seguir os desejos do Rei. - Kaoru levou a mão ao rosto, o tapa ainda ecoando.
            - Você não merece nem minha raiva, somente meu desprezo. Sua vingança pode custar a vida do Kouga agora, pode custar a felicidade de Rei, Tsubasa e Leo. Pode custar a vida de todos os humanos sem o Garo nos protegendo. - A sacerdotisa deu as costas. - Se conseguirmos salvá-lo, vou garantir que nunca mais o encontre nessa vida. -  Jabi saiu da casa, sumindo.
Kaoru ficou olhando para o lugar vazio, a mão no rosto e as lágrimas escorrendo.
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Kouga abriu os olhos, a dor ainda percorrendo seu corpo inteiro, o cavaleiro tentando puxar os braços sem conseguir se soltar, não sabendo exatamente onde estava. Ele viu seu sobretudo jogado, se concentrando e vendo o peixe que Rekka havia lhe dado, falando a única coisa que estava na sua cabeça naquele momento. Um único nome.
            - Rei.- Kouga viu o peixe sair e sumir, indo buscar o cavaleiro prateado.
            - Ah está acordado? Então, podemos começar. - Kouga ouviu a voz conhecida, virando o rosto e vendo Sigma parado ali, sorrindo para ele com um pincel madou nas mãos e uma pena de ferro, longa e afiada.
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Rei ficou sentado e sozinho, os outros cavaleiros tentando uma forma de localizar o Kouga, aquela espera o deixando louco, ele pegou o celular, o aparelho tocando a música que ele estava ouvindo antes de Kouga chegar, antes de tudo virar um inferno. O cavaleiro prateado ficou ouvindo a música, parecia carma. Ele levou as mãos ao rosto, não queria chorar, mas era o que lhe restava. E se perdeu na letra que tocava.
I was blown away.
What could I say?
It all seemed to make sense.
You've taken away everything,
And I can't deal with that.
I try to see the good in life,
But good things in life are hard to find.
We'll blow it away, blow it away.
Can we make this something good?
Well, I'll try to do it right this time around.

Let's start over.
I'll try to do it right this time around.
It's not over.
'Cause a part of me is dead and in the ground.
This love is killing me,
But you're the only one.
It's not over.
Kouga ao seu lado, o cavaleiro o abraçando depois do sexo, depois de terem se amado. A forma como ele se entregava em cada desejo que Rei tinha, a forma como ele aceitara cada pedido que o moreno fizera. Eles com Tsubasa, o ruivo todo amarrado. Eles com Leo. Garo sempre cedendo ao que Zero queria, sempre tentando se encaixar no que o cavaleiro prateado desejava. Ele nem percebera que aquilo era algo que o cavaleiro dourado nunca faria, por ninguém. E ele fizera. Por ele.
Taken all I could take,
And I cannot wait.
We're wasting too much time
Being strong, holding on.
Can't let it bring us down.
My life with you means everything,
So I won't give up that easily.
I'll blow it away, blow it away.
Can we make this something good?
'Cause it's all misunderstood.
Well, I'll try to do it right this time around.

Let's start over.
I'll try to do it right this time around.
It's not over.
'Cause a part of me is dead and in the ground.
This love is killing me,
But you're the only one.
It's not over
Como Rei conseguira ser tão cego e burro? Como ele pôde ter duvidado do que Kouga sentia por ele? E tanto tempo que perdera por bobagens, tudo que fizera por insegurança. Como ele podia ser inseguro? Logo ele? Ele viu o peixe surgir ali,  o mesmo que a  Rekka havia dado para o ruivo e estava com ele quando fora levado. Estava com ele.
            - Leo! Tsubasa! - Rei viu os cavaleiros se aproximarem e olharem para o peixe.
            - Ótimo, vamos conseguir localizar Kouga através dele! - Leo disse, preparando para realizar o encantamento.
We can't let this get away.
Let it out, let it out.
Don't get caught up in yourself.
Let it out.
- E é bom ouvir o final da música e acreditar, - Jabi surgiu ao lado do Rei. - E lutar por esse recomeço.
            - Você…. Entendeu a letra? - Rei perguntou surpreso.
            - Eu disse que passei muito tempo com Kouga, Rei. - Jabi suspirou. - Não se esqueça disso.
Rei concordou, limpando as lágrimas. Ele segurou a Shiruba forte. Sentia a preocupação do medalhão, possivelmente por Zaruba.
Let's start over.
I'll try to do it right this time around.
It's not over.
'Cause a part of me is dead and in the ground.
This love is killing me,
But you're the only one.
It's not over.

Let's start over.
It's not over, yeah...
This love is killing me,
But you're the only one.
It's not over.
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Continua.
* Nota das autoras: Minha Gisele é por causa da modelo Gisele Bündchen e um comentário que a Suryia fez ao ver o Rei pela primeira vez. Ela virou para o marido e disse que aquele era a Gisele Bundchen dos Tokus de tão perfeito que achara o ator/personagem. Graças a isso, ela passou a chamá-lo carinhosamente de minha Gisele, coisa que eu coloquei na fic para homenagear minha amiga querida. Uma das muitas piadas internas que foram incorporadas no enredo todo.

(Suryia se metendo nas notas: Ele é e sempre será “minha gisele”, porque aquilo não anda, aquilo desfila, é top e ainda samba geral na cara da sociedade com tanta perfeição kkkkk #aloka)

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